Rua da Fé

sábado, setembro 09, 2006

Não há festa como esta!

Íngrid Betancourt era candidata às eleições presidênciais da Colombia quando as Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (FARC) a sequestraram. Foi há 4 anos. Até hoje.

O governo dos Estados Unidos e a União Europeia incluem as FARC-EP na lista das organizações terroristas, a par do ELN e do AUC. As organizações de direitos humanos, como a Human Rights Watch e a Amnistia Internacional, acusam-na de violar os direitos humanos e de atacar e prejudicar indiscriminadamente civis.

As FARC respondem a estas acusações declarando que os seus alvos fazem parte da oligarquia colombiana ou a apoiam de algum modo, e por essa razão, são inimigos da organização.
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Atentados
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As FARC usam habitualmente carros ou veículos bomba em diferentes situações, escondendo os explosivos dentro de um veículo mais tarde abandonado, ou enganando o condutor, levando-o a transportar o veículo até ao lugar do ataque. Noutros casos, fizeram explodir veículos por controlo remoto, matando o condutor e quem passava. Utilizam tamém animais, carroças e bicicletas como bomba.
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Narcotráfico
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Os guerrilheiros das FARC participam no tráfico internacional de droga, através da criação de um imposto sobre a produção chamado "gramaje", garantindo a protecção das plantações, dos laboratórios, das pistas clandestinas, da rede de distribuição e no assassinato dos civis e das forças armadas enviadas para combater o narcotráfico.
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Sequestros
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A seguir ao narcotráfico, é a sua principal fonte lucrativa. As FARC não hesitam em sequestrar comerciantes, proprietários agrícolas, fazendeiros, camponeses, empresários, industriais, políticos, militares, turistas nacionais e internacionais, alguns dos quais estão no cativeiro há mais de 9 anos. O caso mais conhecido é o rapto de Íngrid Betancourt.

Pois bem, não foi só Luis Filipe Vieira e Marcelo Rebelo de Sousa que deram uma passeata pela Quinta da Atalaya. Alguns destes senhores estiveram também por lá, na Festa do Avante. Para além de confirmar a presença das FARC, através da revista Resistência que funciona como seu orgão ofícial, o nosso PC saiu em sua defesa, «denuncia[ndo] as tentativas de criminalização da resistência ao grande capital e ao imperialismo e para reiterar a sua frontal oposição à classificação pelos EUA e União Europeia das FARC, uma organização popular armada que há mais de 40 anos prossegue, entre outros objectivos, a luta pela real democracia na Colômbia e por uma justa e equitativa redistribuição da riqueza, dos recursos naturais da Colômbia e da posse e uso da terra, como organização terrorista.
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Não há PC como este!