Rua da Fé

quarta-feira, agosto 02, 2006

Quadros que narram histórias



O conhecimento sobre a construção de barcos e navios, os desenhos altamente detalhados e exactos das embarcações de todos os tipos e a influência dos mestres holandeses do século XVII, sobretudo de Aelbert Cuyp, marcam o trabalho de William Anderson e do género de pintura marinha por ele criada. A composição e luminosidade dos seus trabalhos é brilhante. Nas suas pinturas, aguarelas e desenhos predominam as cenas litorais e de rio, momentos de calma e cheios de luz, com embarcações ancoradas e o trabalho diário dos pescadores.
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Mas Anderson é também conhecido por ter pintado grandes acontecimentos históricos. A conquista do Forte Louis na Martinica é disso exemplo. Nos inícios de 1794, Sir John Jervis tinha conseguido conquistar toda a ilha da Martinica, à excepção de Forte Royal. O Forte Louis era a principal defesa de Forte Royal, Jervis mandou o navio Ásia e a corveta Zebra tomar aquele ponto de defesa. Como o Ásia não conseguia alcançar a sua posição, o comandante do Zebra aprontou-se para tomar o forte sózinho. A pintura mostra à esquerda os dois navios e à direita uma barca atracada na praia onde, debaixo de uma barragem de fogo intenso, o comandante Faulkner apresta-se a conduzir os seus homens até ao forte, que aparece encoberto pelo fumo das armas.