Rua da Fé

quinta-feira, agosto 03, 2006

Ser ou não ser terrorista

O Hezbollah é uma organização libanesa que engloba grupos e organizações islâmicas radicais xiitas. O seu nome significa "partido de Deus", é uma força com um peso significativo na política libanesa e em termos sociais, presta serviço a milhares de xiitas libaneses, possuindo escolas, hospitais, administra propriedades agrícolas e detém a estação de televisão via satélite Al-Manar.

Toda esta actividade visa a concretização de um sonho, transformar o estado multi-confessional do Líbano num Estado islâmico de estilo iraniano.

A sua rétorica política apela à destruição do Estado de Israel. A Palestina é terra muçulmana ocupada e Israel não tem nenhum direito a existir.

Desde 1983, o Hezbollah e as suas filiais planearam e executaram uma série de ataques contra alvos ocidentais, sobretudo americanos e israelitas, como por exemplo:

o nos anos 80, uma série de raptos de ocidentais no Líbano, incluindo diversos americanos;

o o rebentamento de um camião-suicida, de que resultou a morte de 241 fuzileiros americanos (Beirute, Líbano, em 1983);

o em 1985, o assalto ao avião da TWA (vôo 847);

o os ataques à embaixada de Israel na Argentina em 1992 (29 mortos) e a um centro de comunidade judaica em 1994 (95 mortos).

No total, o Hezbollah foi responsável por quase 200 ataques que mataram mais de 800 pessoas.

Quantos mais atentados precisa o Hezbollah cometer para ser pela UE considerado terrorista? (DN)