A luz da espititualidade
Enigmático, fascinante, rebelde, pintor dos maiores, Micheangelo Caravaggio foi o grande representante do barroco. As suas telas são rugosas, encrespadas de pastosidades e dominadas pela técnica superior como trata a luz, a sua grande dádiva à pintura.
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A luz é projectada sobre as formas com tal violência e intensidade, que realça os mais pequenos detalhes, em contraste brusco com as sombras, conseguindo assim criar um efeito tridimensional. Em O chamamento de S. Mateus é bem patente o domínio dos efeitos claro-escuro, combinados com uma apurada observação dos aspectos físicos. Caravaggio usa o povo comum da rua para retratar o aspecto mundano do acontecimento, enquanto a luz entra pelo quadro adentro por uma janela, simbolizando, num piscar de olhos, a conversão de Mateus.
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A pintura é o veículo de uma autêntica espiritualidade. O impacto realista que o pintor dá aos seus quadros é conseguido pelo fundo sempre razo, obscuro, muitas vezes totalmente negro, realçando a cena principal com focos intensos de luz principalmente sobre os rostos. As sombras e a luz atraem-nos para dentro do quadro, para o centro da cena, como fica bem demonstrado em A crucificção de S. Pedro. O apóstolo é mais pesado do que seu corpo envelhecido sugere e requer os esforços de três homens, como se o crime que perpretou pesasse já neles. Nesta crucifixão não há sangue mas dor.
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A pintura é o veículo de uma autêntica espiritualidade. O impacto realista que o pintor dá aos seus quadros é conseguido pelo fundo sempre razo, obscuro, muitas vezes totalmente negro, realçando a cena principal com focos intensos de luz principalmente sobre os rostos. As sombras e a luz atraem-nos para dentro do quadro, para o centro da cena, como fica bem demonstrado em A crucificção de S. Pedro. O apóstolo é mais pesado do que seu corpo envelhecido sugere e requer os esforços de três homens, como se o crime que perpretou pesasse já neles. Nesta crucifixão não há sangue mas dor.
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(A crucificção de S. Pedro)
Uma das facetas de Caravaggio são os seus quadros com temas da mitologia grega ou com alguma simbologia pagã, o que era condenado desde o fim do século XVI. Em Amor Vincit Omnia o pintor inspirou-se num verso das Éclogas de Virgílio, Omnia vincit amor et nos cedamus amori. É o triunfo do Amor sobre tudo o que representa o esforço humano - o violino e o alaúde, a armadura, a coroa, o esquadro e o compasso, a pena e o manuscrito, folhas e um globo astral.
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(Amor Vincit Omni)
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