Rua da Fé

quinta-feira, maio 18, 2006

O protocolo de Estado


Segundo parece, o PS apresta-se para apresentar um novo projecto de Protocolo de Estado, alegadamente por não haver nenhuma lei que estabeleça o cerimonial do Estado e a respectiva lista de precedências, Alberto Martins dixit.

Não sei se é verdade ou não, mas tudo isto é muito estranho. Das duas uma, ou vivemos numa verdadeira República das Bananas ou então estão a mentir com todos os dentes que têm na boca. Então andamos estes anos todos a fio a organizar cerimónias do Estado para isto e para aquilo sem ter devidamente definidas as regras protocolares? Não me digam que nem no tempo do Salazar havia Protocolo? Mas querem enganar quem? Até no Burkina Faso aposto que existem regras, sejam quais forem...

Se pretendem retirar as entidades religiosas do Protocolo, tudo bem, mas não inventem.

O mesmo dirigente acrescenta que o grupo parlamentar do PS não ouviu, nem tinha de ouvir previamente a Igreja Católica sobre o assunto. Sabendo que ainda recentemente Portugal reviu a Concordata e que a Igreja Católica não é uma Instituição qualquer, seria no minímo uma questão de cortesia.

Da lista das 56 entidades com lugar protocolar, podemos ver que até o decano do corpo diplomático lá está. Ou seja, toda a gente tem um assentozinho garantido nas cerimónias do Estado, só a presença das entidades religiosas dependerá do bom senso dos organizadores.

Por estas razões, subscrevo o que diz o Pinho Cardão no Quarta república e o Rui Castro no Incontinentes Verbais.

Este é um tema a acompanhar.