Pontos e pontos e pontos de cor
A pintura de Paul Signac está repleta de paisagens, numerosas vistas de Saint-Tropez, de portos e marinhas. A sua grande originalidade é trabalhar ao ar livre, junto aos motivos. Mas este contacto com a natureza não é para realizar estudos para depois executar o quadro no atelier. É no próprio local que completa as telas, o mais rapidamente possível, porque a natureza é cambiante e trata-se de apreender uma impressão fugitiva.
A nuvem cor-de-rosa
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Ao lado de Seurat, Paul Signac foi um dos criadores do pontilhismo, que consistia na aplicação de cores puras em pequenas pinceladas consecutivas, em que pequenas manchas, pontos, justapostos provocam uma mistura óptica nos olhos do observador. É o desprezo total pela linha.
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Esta técnica baseava-se na combinação das cores complementares, as cores que mais contrastam entre si, sendo que uma delas é primária (vermelho, amarelo ou azul) e a oposta é uma cor secundária (verde, violeta ou laranja). O pinheiro é uma consequência extrema dos ensinamentos dos impressionistas, segundo os quais as cores deviam ser justaspostas e não entremescladas, deixando à retina a tarefa de reconstruir o tom desejado pelo pintor, combinando as diversas impressões registradas.
O pinheiro
Na sua pintura, os contornos que precisam a forma e sugerem o volume são banidos . A perspectiva não se baseia nas regras da geometria mas é realizada, do primeiro plano para a linha do horizonte, pela degradação das tintas e dos tons, que marca assim o espaço e o volume. Em Signac, cada tinta passa por uma série de tons, que vão do mais carregado ao mais claro, como por exemplo em Borda do rio; O Sena em Herblay, onde predominam diferentes azuis (além-mar, cobalto, da Prússia, cerúleo) e o violeta é conseguido através pequenos toques justapostos de vermelho e de azul.
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