Rua da Fé

sábado, novembro 11, 2006

Gente de vistas curtas


Ainda não saiu do papel e já custou 86,6 milhões de euros. Só para estudos. Depois de errarem na escolha do tipo de bitola, de desperdiçarem milhões na modernização da linha do Norte, os nossos engenheiros dos transportes decidiram que o TGV é que era. Com as indefinições sobre o traçado (T deitado, o L ou o Pi), o brinquedo chega a Portugal 30 anos atrasado.
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Contas feitas, a brincadeira ficará em 8,4 mil milhões de euros, 22% dos quais pagos pela UE. Se Portugal tivesse tomado esta opção em 1988, o apoio seria de 80%. Continuamos, tal como no século XIX, sem aprendermos nada. É por estas e por outras que se percebe porque somos um país adiado.