Rua da Fé

domingo, julho 02, 2006

A Doutrina Social da Igreja e o capitalismo

Na agenda dos debates do Fórum Económico Mundial, realizado como sempre em Janeiro na cidade de Davos, foram incluídos temas tão diversos como a ecologia, as pandemias, a intolerância religiosa, o desemprego e o futuro dos sistemas de segurança social.

A tónica dominante foi a responsabilidade social das empresas, e não foi por acaso que no painel encarregado de elaborar as conclusões se incluía o cardeal Martino, Presidente Pontifical para a Justiça e Paz. A mensagem então foi inequívoca: Os governos e as empresas devem centrar-se na justiça social e não apenas no mercado.
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Vem isto a propósito da notícia da Agência Ecclesia, que nos dá conta do Seminário promovido pela Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE) sobre O Compêndio da Doutrina Social da Igreja e a vida empresarial. Segundo Bagão Félix, um dos promotores do encontro, a Doutrina Social da Igreja é destinada a todos os homens de boa vontade e sendo uma teologia moral tem um sentido universal e intemporal que permite estar permanentemente actualizada à luz do Evangelho, para as realidades económicas e sociais da globalização, da empresa, do mercado, do consumo da família, e da vida humana.
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Como dizia João Paulo II, a Igreja não tem soluções técnicas para oferecer face os problema do subdesenvolvimento enquanto tal, ela não propõe sistemas ou programas económicos e políticos, nem manifesta preferência por uns ou por outros, contanto que a dignidade do homem seja respeitada. No entanto, Ela tem uma palavra a dizer. (Sollicitudo Rei Socialis).
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É bom sabermos que esta palavra é cada vez mais procurada e escutada no Fóruns onde se reunem os grandes senhores da economia.