sábado, setembro 30, 2006
Este é o tema do V Simpósio de docentes universitários da Europa, a decorrer em Roma até dia 1 de Outubro. Em carta enviada em nome do Papa pelo Cardeal Tarcisio Bertone, o Sumo Pontífice lembra aos docentes e estudantes cristãos que a sua missão principal reside no exerecício de uma racionalidade plena, fiel à experiência humana integral.
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De acordo com a Agência Ecclesia, o Papa deseja ainda que os trabalhos contribuam para fazer com que os ateneus da Europa possam voltar a ser no presente, como no período áureo da sua origem, laboratórios de autêntico humanismo.
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Bento XVI volta assim a desencadear o debate para questões adormecidas, que ninguém quer discutir. Mas não se limita a levantá-las, orienta a sua reflexão sem perder de vista os fundamentos que forjaram a identidade europeia. Será importante saber quais as conclusões deste simpósio.
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Este Papa não deixa de nos surpreender, está a pôr a Europa a pensar(-se).
quinta-feira, setembro 28, 2006
Portugal usado pelo Ditador
Que José Sócrates apareça em cartazes da campanha de Hugo Chávez é lá com ele. Agora, que o ditador use a bandeira de Portugal para fazer propaganda eleitoral, ainda por cima acompanhada com um elucitativo Rompiendo el bloqueo é que não.
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Post scriptum: A nova referência do populismo esquerdista surge, em outros cartazes espalhados por Caracas, com outros amigos, de Cuba, Afeganistão e Bielorússia. É caso para dizer que Sócrates está em boa companhia.
Revolução em marcha nas telecomunicações
A Autoridade da Concorrência apresta-se para dar o sinal verde à OPA da Sonaecom sobre a PT. Para que isso aconteça, o Grupo de Belmiro de Azevedo terá de:
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- separar a rede cobre da rede cabo e as áreas grossista da retalhista;
- vender as participações que detém em empresas de conteúdos para que exista mais concorrência no mercado;
- vender as participações que detém em empresas de conteúdos para que exista mais concorrência no mercado;
- facilitar a entrada de um novo operador móvel no mercado, que utilize a licença que ficar disponível da fusão entre a Optimus e a TMN.
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Esta operação é importante por duas ordens de razão: em primeiro lugar, vai permitir à AdC acabar com o poder excessivo que detém a PT, herdado dos tempos do monopólio do Estado, introduzindo condições concorrênciais mais justas no sector das telecomunicações, possiblitando a entrada de mais operadores nos diferentes segmentos de mercado. Em segundo lugar, quem vai beneficiar é o consumidor.
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Para conhecimento, aqui fica um texto de Abel Mateus, Presidente da AdC, sobre As Telecomunicações e o Mercado Único.
quarta-feira, setembro 27, 2006
Rir para não chorar
Próximo domingo, dia de eleições no Brasil, vai ser dia de Rir Para Não Chorar. Contra os escândalos que têm abalado o país nos últimos tempos, este movimento, cujo sítio pode ser visitado em cima, propõe-se ironizar com a situação vergonhosa e deprimente que se vive e despertar a sonolência colectiva do país. «É hora de dizer basta, chega de palhaçada».
terça-feira, setembro 26, 2006
Il sedutore
Cantor, compositor, pianista, jazzman, romântico, espécie de Jacques Brel italiano, Paolo Conte é um talento. Com as suas canções, Conte leva sempre a melhor sobre quem o escuta, seduzindo com a sua voz de crooner, as orquestrações variadas de ritmos de jazzy e blues, os textos magníficos, poéticos, por vezes loucos, por vezes trágicos.
"Quando nasce una canzone, specialmente se riuscita, ti inebria, sono momenti meravigliosi, che durano magari alcuni giorni. In quel momento sei vergine, ti stupisci di quello che sei riuscito a scrivere, e vivi di questo stupore. E' il momento più alto. Poi cantandole per anni il profumo svanisce, ma ogni tanto ritorna".
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Para ouvir 3 músicas incluídas num concerto ao vivo em Amesterdão (1988), reveladores da sua qualidade musical:
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- Sotto le stelle del Jazz;
A cedência ao populismo
Parece que vai mesmo para a gaveta. Noticía o DN que o governo despediu a Comissão que estava a rever o sistema de carreiras da Administração Pública. Bastou que se tivesse levantado a ponta da manta que cobre o monstro para todo o mundo se assustar. E não é para menos, põe o dedo na ferida e sem rodeios recomenda o que toda a gente sabe mas não quer ouvir.
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Compreende-se, é um risco eleitoral tremendo. O Simplex e o Prace comparados com este relatório são amêndoins. Se acabar no lixo, o Estado português vai ficar hipotecado por mais uns anos.
segunda-feira, setembro 25, 2006
Mais um estudo para a gaveta?
Já há sinais. Vieira da Silva já veio a terreiro afirmar que o Estado não vai seguir a via dos despedimentos recomendada pela Comissão de Revisão do Sistema de Carreiras e Remunerações da Função Pública.
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Se pensarmos que a conclusão principal do estudo da Comissão de Revisão do Sistema de Carreiras e Remunerações da Função Pública é de haver funcionários públicos em excesso - 80 % dos quais com vínculo vitalício- e que a reforma, para atingir os seus objectivos, não deve incidir apenas sobre os novos trabalhadores, facilmente adivinhamos a guerra que aí vem.
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Esta vai ser a prova dos 9 para Sócrates.
Eis porque votei nele
Cavaco Silva, em grande forma, entrevistado pelo El Pais, no dia em que inicia visita ao país vizinho.
domingo, setembro 24, 2006
Ai Saramago, Saramago ...
Mais uma. "o Mundo seria mais pacífico se todos fôssemos ateus", terá dito José Saramago em Turim, confessando ainda que leva "o comunismo nas hormonas".
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Infelizmente, a utilização sistemática do terror não é algo raro na história da humanidade. A inquisição da Igreja Católica é disso exemplo. Mas que dizer da Revolução Francesa ou do extermínio de judeus pelos nazis? Foram em nome de Deus?
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Mas há mais. De acordo com "Le livre noir du communisme", o comunismo superou todos esses casos e foi sem dúvida a experiência mais sangrenta de toda a história da humanidade. Produziu quase 100 milhões de vítimas, em vários continentes, raças e culturas, uma violência inerente à própria engenharia social marxista, que visa reformar o homem pela força.
Mas há mais. De acordo com "Le livre noir du communisme", o comunismo superou todos esses casos e foi sem dúvida a experiência mais sangrenta de toda a história da humanidade. Produziu quase 100 milhões de vítimas, em vários continentes, raças e culturas, uma violência inerente à própria engenharia social marxista, que visa reformar o homem pela força.
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O número das vítimas do comunismo é esclarecedor quanto à sua monstruosidade:
- China (65 milhões de mortos);
- União Soviética (20 milhões);
- Coréia do Norte (2 milhões);
- Camboja (2 milhões);
- África (1,7 milhão, distribuído entre Etiópia, Angola e Moçambique);
O número das vítimas do comunismo é esclarecedor quanto à sua monstruosidade:
- China (65 milhões de mortos);
- União Soviética (20 milhões);
- Coréia do Norte (2 milhões);
- Camboja (2 milhões);
- África (1,7 milhão, distribuído entre Etiópia, Angola e Moçambique);
- Afeganistão (1,5 milhão);
- Vietname (1 milhão);
- Leste Europeu (1 milhão);
- América Latina (150 mil entre Cuba, Nicarágua e Peru);
- Movimento comunista internacional e partidos comunistas no poder (10 mil).
- Vietname (1 milhão);
- Leste Europeu (1 milhão);
- América Latina (150 mil entre Cuba, Nicarágua e Peru);
- Movimento comunista internacional e partidos comunistas no poder (10 mil).
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Mais Palavras para quê? Saramago tem um problema hormonal que lhe afecta a memória. Ok, tudo bem. Mas isso é lá com ele.
Em defesa do interesse público
Agora que está de saída, todo o mundo aproveita para bater forte e feio em Souto de Moura. E à primeira vista com toda a razão, como Procurador-Geral da República foi um autêntico desatre. A Casa Pia, o Apito Dourado, o Envelope 9, o processo aos dois jornalistas do 24 Horas, muitos foram os casos.
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Mas, bem vistas as coisas, o que se fez antes dele? Não havia casos? Não havia Casa Pia? Portugal era um mar de rosa? Não é estranho que a justiça em Portugal tenha passado da ordem ao caos, assim, num ápice? Tudo por culpa de Souto de Moura?
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Ou não será que foi o facto de ter despoletado pela 1ª vez algumas das investigações mais importantes que se fizeram em Portugal no pós 25 de Abril, o ex-Procurador-Geral da República pôs a descoberto a porcaria de leis que temos, as fragilidades do segredo de justiça, os abusos das prisões preventivas, a falta de meios para investigar, a forma como se investiga e a impreparação de quem investiga, a ausência de mecanismos de controle e fiscalização, a morosidade, as decisões contraditórias, enfim, a total caducidade do sistema de justiça português? Não estará Souto de Moura a pagar por isso?
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Há dias, os 2 maiores partidos celebraram um pacto para a justiça. Pela 1ª vez, Portugal vai ter um plano para a justiça, a aplicar independentemente do partido que o governe. Talvez um dia o tenhamos de agradecer por isso.
Fé e razão
De todo o relambório suscitado pelo discurso de Bento XVI, poucos foram os que, efectivamente, o leram e perceberam a questão central suscitada pelo Papa: Pacheco Pereira, no Público, cujo artigo pode ser lido aqui ao lado no Abrupto, e Anselmo Borges, no DN. O resto é só política.
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O conceito moderno de razão baseia-se na síntese entre platonismo (cartesianismo) e empirismo. Só as ciências naturais poderão reivindicar certeza, pois detêm o monopólio da cientificidade, que deriva da sinergia de matemática e experiência. Assim, não admira que as ciências humanas tenham procurado aproximar-se deste critério. Por outro lado, este método exclui o problema de Deus, "fazendo-o aparecer como problema a-científico ou pré-científico".
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Torna-se, porém, claro que, nesta concepção, o próprio homem sofre uma redução, já que as perguntas radicais sobre o fundamento e fim últimos e as questões da religião e da ética não encontrariam lugar no espaço da razão universal, devendo ser deslocadas para o âmbito da mera subjectividade.
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Não se pode voltar atrás em relação ao iluminismo. Mas impõe-se superar a limitação da ciência ao que é verificável na experimentação e abrir a razão à amplidão de todas as suas dimensões, isto é, não se pode ficar encerrado na razão positivista.
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A própria razão, feito todo o seu percurso, mostra a sua abertura à transcendência. Há a estrutura racional da matéria e a correspondência entre o nosso espírito e essa estrutura. Isso é um facto, mas a pergunta sobre o porquê desse "dado de facto" já não é do domínio das ciências naturais, mas da filosofia e da teologia.
sábado, setembro 23, 2006
Pontes para o diálogo
A reboque da reacção mulçumana ao discurso de Bento XVI, a esquerda opinante não tardou em saltar a terreiro, acusando a religião de ser a causa de todas as guerras, e o Papa de incendiar ainda mais o conflito entre o Ocidente e o mundo mulçumano. Foram tantos que nem é preciso citar nomes. A par da defesa da liberdade, lá iam mandando umas farpas, que o Papa isto, que o Papa aquilo, que o Papa aqueloutro.
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Pois bem, lendo a entrevista dada por Yussef Saanei, "Ayatollah" iraniano de Qom, a António Rodrigues e Manuel Almeida da Lusa/DN, só alguém muito ignorante ou de má fé não perceberá que são os governantes, borrifando-se pura e simplesmente para a religião, quem se serve inteligentemente dela para fins estritamente políticos:
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Acha que a sua interpretação tem possibilidades de se impor no futuro?
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Enfrentamos muitas restrições e obrigações neste país; no entanto, as minhas palavras possuem muitos seguidores nas universidades e fora delas. Esse é o caminho que a história trilhará e a humanidade e o Irão, se Deus quiser, encontrarão esse caminho. Há dois dias disse a um jornalista do Washington Post: o ser humano chegou a um ponto em que odeia a guerra, a violência, os maus tratos de seres humanos e é muito diferente do homem do passado, porque já não pode viver com a falta de democracia e de liberdade.
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No entanto, no Irão há ainda uma grande falta de liberdade?
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Oficialmente e legalmente ainda demorará tempo. Se fosse no tempo do imã Khomeiny já tudo se teria cumprido, mas hoje, para chegar àquilo que defendo, ainda vamos demorar. É preciso ter em conta que, nas últimas presidenciais, Rafsanjani, um dos pilares da revolução, e o senhor Karubi, um mullah muito importante, foram derrotados por uma campanha eleitoral negativa, e o doutor Ahmadinejad conseguiu votos dessa forma. Ninguém poderia imaginar que Hashemi Rafsanjani não iria ganhar as eleições, mas foi tanta a propaganda negativa que no fim acabou mesmo por não conseguir. Esta opinião é partilhada por Rafsanjani, mas como este tem um cargo oficial muito importante no Governo não se atreve a expressá-la publicamente. Há algum tempo esteve em Qom e veio aqui a minha casa e eu aproveitei para lhe perguntar: "Antes, falava de uma forma muito mais aberta nas orações de sexta-feira, porque é que agora não denuncia isto?" E respondeu-me que não se atrevia a fazê-lo e que se sentia mal por isso.
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Toda a entrevista disponível aqui. De certeza que a sociedade livre e democrática a que se refere e almeja Yussef Saanei - ditada pelo Alcorão - é bem diferente daquela em que nos revemos, marcada pela cristianíssima máxima "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus". Mas não deixam de ser elucitadivas as divergências e as dificuldades de quem pensa diferente hoje no Irão. E é com estes interlocutores que deve ser feita a ponte para o diálogo.
sexta-feira, setembro 22, 2006
Ainda o caso Brasil
O presidente do Supremo Tribunal Eleitoral do Brasil, Marco Aurélio Mello, considerou pior do que o caso Watergate o escândalo da compra de documentos pelo Partido dos Trabalhadores, do presidente Lula da Silva, para prejudicar candidatos rivais.
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(Enviado por e-mail)
Proibido ficar doente
Já não se pode ficar doente em Portugal. Quem manda é o PIB. Para cumprir a meta dos 4% para o crescimento da despesa com medicamentos hospitalares, os hospitais estão proíbidos de adquirir novos medicamentos.
quinta-feira, setembro 21, 2006
Lembram-se de Collor?
Mais uma do Brasil. A estória começou quando Valdebran Padilha da Silva, filiado ao PT do Mato Grosso, e Gedimar Pereira Passos, foram presos, em São Paulo, suspeitos de intermediar a compra de documentos comprovativos de um suposto envolvimento de José Serra e Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Presidência, com a máfia dos sanguessugas. Com eles, a polícia apreendeu cerca de R$ 1,7 milhão. Gedimar afirmou à PF que foi "contratado pela Executiva Nacional do PT" para negociar com a família Vedoin a compra de um dossiêr contra os tucanos, e que do pacote fazia parte uma entrevista que acusa Serra de envolvimento na máfia.
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Para a PF, Gedimar disse ainda que o seu contacto no PT era alguém chamado "Froud ou Freud". Freud Godoy pediu afastamento do cargo de assessor especial da Secretaria Particular da Presidência após a divulgação do seu nome.
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Este escândalo já provocou cinco baixas entre pessoas ligadas ao governo federal e ao PT. Quando chegará a vez de Luis Inácio Lula da Silva?
Novatos
Os húngaros descobriram agora a democracia. Anda tudo por lá à batatada só porque o primeiro-ministro Ferenc Gyurcsány disse a verdade, confessou que tinha mentido na campanha eleitoral.
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Infelizmente, nas sociedades livres, essa é uma situação que não podemos controlar, é o risco que corremos pelo direito a votarmos em liberdade. Tem a ver com a ética. Caso contrário, quantos não teriam de prestar contas aos portugueses?
Lendo os outros II
Luciano Amaral, no DN:
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Pobre Papa. Sem saber muito bem como, também ele agora faz parte da linhagem deplorável dos que cometem "erros" na relação do "Ocidente" com o "Islão". Havia tanta gente mortinha por um pretexto para se atirar ao tenebroso Ratzinger que ele nem sequer precisou, como o alienado que por estes dias passa por Presidente dos EUA, de se meter numa guerra. Bastou-lhe fazer um discurso erudito que (numa hipótese benevolente) cem pessoas terão lido e talvez cerca de 20% dessas compreendido. Também lhe serviu de pouco que o discurso fosse sobretudo uma crítica, não ao Islão, mas ao Ocidente irreligioso de hoje. Tendo sido igualmente inútil que, na medida em que vagamente pudesse ter essa leitura, o tom do discurso fosse aquele que se diz dever usar-se (por oposição à presumível brutalidade americana) para falar do terrorismo praticado por muçulmanos, convidando-os a separar a religião da violência. Ou seja, no jargão corrente dos dias de hoje, convidando os muçulmanos "moderados" a demarcarem-se dos que recobrem o terrorismo com os ensinamentos do profeta Maomé. Identicamente descartadas foram as críticas que já fez à guerra do Iraque ou até a sua "compreensão" pelo furor islâmico por alturas da lamentável história das caricaturas do profeta. Na verdade, nada disto serviu para evitar novo furor islâmico, desta vez com um discurso obscuro, incluindo uma citação obscura de um texto obscuro referindo-se a um episódio não menos obscuro da história do Império Romano do Oriente.
quarta-feira, setembro 20, 2006
Lendo os outros
Sobre o polémico dicurso de Bento XVI , Vasco Graça Moura no DN:
Quem se tenha dado ao trabalho de ler o texto da intervenção do Papa Bento XVI na Universidade de Ratisbona, sabe que as suas palavras, no tocante ao ponto que recentemente se tornou tão controverso, foram as seguintes: "(...) o imperador [Manuel II, abordando o tema da jihad], com uma rudeza bem surpreendente e que nos espanta, dirige-se ao seu interlocutor [persa] simplesmente com a questão central sobre a relação entre religião e violência em geral, dizendo: 'Mostra-me pois o que Maomé trouxe de novo e somente encontrarás coisas más e desumanas, como o seu mandato de difundir pela espada a fé que ele pregava'. O imperador, depois de se ter pronunciado de maneira tão pouco amena (...)."
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Das passagens que pus em itálico, vê-se que não houve, da parte do Papa, qualquer imprudência, leviandade, inconsideração ou intuito ofensivo fosse do que fosse ou fosse de quem fosse. O seu comentário incluía a crítica das próprias expressões utlizadas pelo Basileus. Estava a abordar as relações entre a fé e a razão e, na parte final da sua intervenção, disse também, e volto a pôr em itálico a parte que interessa, "para a filosofia e, de maneira diferente, para a teologia, a escuta das grandes experiências e convicções das tradições religiosas da humanidade, em particular a da fé cristã, constitui uma fonte de conhecimento". O que mostra bem, e o contexto de toda a conferência reforça-o, que o pensamento pontifício vai além da expressão de um simples respeito de circunstância por outras religiões que não a sua.
terça-feira, setembro 19, 2006
Oh tonight you killed me with your smile, so beautiful and wild ;)
Cantor irlandês procura banda para gravar e tocar. Foi assim, com este anúncio num jornal, que Rea Garvey, um irlandês perdido na Alemanha, começou a história dos Reamonn, na cidade de Hamburgo, em 1999. A formação conta ainda com Uwe Bossert na guitarra, Sebi Padotzke nos teclados e sax, Phillip Rauenbusch no baixo e Gomezz na bateria.
Apesar de já terem actuado em Portugal umas 10 vezes, os Reamonn só começaram a ser um fenómeno de popularidade entre nós depois de fazerem a 1ª parte dos concertos de Robbie Williams.
A sonoridade do grupo é um Pop Rock muito bem produzido, onde as melodias do vocalista e guitarrista Rea Garvey são o grande destaque. É irlandês, como Bono e isso talvez ajude a entender um pouco melhor as coisas.
Para ouvir 3 grandes temas:
Stars;
Strong;
Tonight; Oh tonight you killed me with your smile so beautiful and wild ;)
sábado, setembro 16, 2006
Morreu Oriana Falacci, a autora de A raiva e o orgulho, um livro em defesa do Ocidente e dos seus valores, escrito por ocasião do atentado ao World Trade Center.
Boas vindas
Dando uma vista de olhos pelos outros, parece que hoje não é dia do SOL. Li e gostei. O narcisismo de José António Saraiva deve andar aos pulos.
Lendo os outros
Michael Moore faz parte do livro de citações da esquerda festivaleira. A propósito do atentado no colégio de Dawson, Montreal, Eurico de Barros vem-nos lembrar uma estória esquecida, E agora, Michael Moore?::
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Para justificar e credibilizar a sua condenação satírica da cultura das armas e da banalização da violência nos EUA, Moore recorre constantemente à comparação entre o seu país e o Canadá. E este sai sempre a ganhar. Onde os EUA são um triste exemplo de violência armada sem freio e de culto doentio e uso descontrolado das armas de fogo, uma terra de gente com o gatilho fácil, o Canadá é um oásis de paz e responsabilidade, limpo de violência associada a pistolas e espingardas e onde as pessoas nem sequer trancam a porta de casa à noite.
sexta-feira, setembro 15, 2006
Onde está a polémica?
APOSTOLIC JOURNEY OF HIS HOLINESS BENEDICT XVI TO MÜNCHEN, ALTÖTTING AND REGENSBURG (SEPTEMBER 9-14, 2006)
MEETING WITH THE REPRESENTATIVES OF SCIENCE
LECTURE OF THE HOLY FATHER
MEETING WITH THE REPRESENTATIVES OF SCIENCE
LECTURE OF THE HOLY FATHER
Aula Magna of the University of RegensburgTuesday, 12 September 2006
Faith, Reason and the UniversityMemories and Reflections
Your Eminences, Your Magnificences, Your Excellencies,Distinguished Ladies and Gentlemen,
It is a moving experience for me to be back again in the university and to be able once again to give a lecture at this podium. I think back to those years when, after a pleasant period at the Freisinger Hochschule, I began teaching at the University of Bonn. That was in 1959, in the days of the old university made up of ordinary professors. The various chairs had neither assistants nor secretaries, but in recompense there was much direct contact with students and in particular among the professors themselves. We would meet before and after lessons in the rooms of the teaching staff. There was a lively exchange with historians, philosophers, philologists and, naturally, between the two theological faculties. Once a semester there was a dies academicus, when professors from every faculty appeared before the students of the entire university, making possible a genuine experience of universitas - something that you too, Magnificent Rector, just mentioned - the experience, in other words, of the fact that despite our specializations which at times make it difficult to communicate with each other, we made up a whole, working in everything on the basis of a single rationality with its various aspects and sharing responsibility for the right use of reason - this reality became a lived experience. The university was also very proud of its two theological faculties. It was clear that, by inquiring about the reasonableness of faith, they too carried out a work which is necessarily part of the "whole" of the universitas scientiarum, even if not everyone could share the faith which theologians seek to correlate with reason as a whole. This profound sense of coherence within the universe of reason was not troubled, even when it was once reported that a colleague had said there was something odd about our university: it had two faculties devoted to something that did not exist: God. That even in the face of such radical scepticism it is still necessary and reasonable to raise the question of God through the use of reason, and to do so in the context of the tradition of the Christian faith: this, within the university as a whole, was accepted without question.
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I was reminded of all this recently, when I read the edition by Professor Theodore Khoury (Münster) of part of the dialogue carried on - perhaps in 1391 in the winter barracks near Ankara - by the erudite Byzantine emperor Manuel II Paleologus and an educated Persian on the subject of Christianity and Islam, and the truth of both. It was presumably the emperor himself who set down this dialogue, during the siege of Constantinople between 1394 and 1402; and this would explain why his arguments are given in greater detail than those of his Persian interlocutor. The dialogue ranges widely over the structures of faith contained in the Bible and in the Qur'an, and deals especially with the image of God and of man, while necessarily returning repeatedly to the relationship between - as they were called - three "Laws" or "rules of life": the Old Testament, the New Testament and the Qur'an. It is not my intention to discuss this question in the present lecture; here I would like to discuss only one point - itself rather marginal to the dialogue as a whole - which, in the context of the issue of "faith and reason", I found interesting and which can serve as the starting-point for my reflections on this issue.
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In the seventh conversation (*4V8,>4H - controversy) edited by Professor Khoury, the emperor touches on the theme of the holy war. The emperor must have known that surah 2, 256 reads: "There is no compulsion in religion". According to the experts, this is one of the suras of the early period, when Mohammed was still powerless and under threat. But naturally the emperor also knew the instructions, developed later and recorded in the Qur'an, concerning holy war. Without descending to details, such as the difference in treatment accorded to those who have the "Book" and the "infidels", he addresses his interlocutor with a startling brusqueness on the central question about the relationship between religion and violence in general, saying: "Show me just what Mohammed brought that was new, and there you will find things only evil and inhuman, such as his command to spread by the sword the faith he preached". The emperor, after having expressed himself so forcefully, goes on to explain in detail the reasons why spreading the faith through violence is something unreasonable. Violence is incompatible with the nature of God and the nature of the soul. "God", he says, "is not pleased by blood - and not acting reasonably (F×<>
At this point, as far as understanding of God and thus the concrete practice of religion is concerned, we are faced with an unavoidable dilemma. Is the conviction that acting unreasonably contradicts God's nature merely a Greek idea, or is it always and intrinsically true? I believe that here we can see the profound harmony between what is Greek in the best sense of the word and the biblical understanding of faith in God. Modifying the first verse of the Book of Genesis, the first verse of the whole Bible, John began the prologue of his Gospel with the words: "In the beginning was the 8`(@H". This is the very word used by the emperor: God acts, F×<>logos. Logos means both reason and word - a reason which is creative and capable of self-communication, precisely as reason. John thus spoke the final word on the biblical concept of God, and in this word all the often toilsome and tortuous threads of biblical faith find their culmination and synthesis. In the beginning was the logos, and the logos is God, says the Evangelist. The encounter between the Biblical message and Greek thought did not happen by chance. The vision of Saint Paul, who saw the roads to Asia barred and in a dream saw a Macedonian man plead with him: "Come over to Macedonia and help us!" (cf. Acts 16:6-10) - this vision can be interpreted as a "distillation" of the intrinsic necessity of a rapprochement between Biblical faith and Greek inquiry.
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NOTE:
The Holy Father intends to supply a subsequent version of this text, complete with footnotes. The present text must therefore be considered provisional.
In the seventh conversation (*4V8,>4H - controversy) edited by Professor Khoury, the emperor touches on the theme of the holy war. The emperor must have known that surah 2, 256 reads: "There is no compulsion in religion". According to the experts, this is one of the suras of the early period, when Mohammed was still powerless and under threat. But naturally the emperor also knew the instructions, developed later and recorded in the Qur'an, concerning holy war. Without descending to details, such as the difference in treatment accorded to those who have the "Book" and the "infidels", he addresses his interlocutor with a startling brusqueness on the central question about the relationship between religion and violence in general, saying: "Show me just what Mohammed brought that was new, and there you will find things only evil and inhuman, such as his command to spread by the sword the faith he preached". The emperor, after having expressed himself so forcefully, goes on to explain in detail the reasons why spreading the faith through violence is something unreasonable. Violence is incompatible with the nature of God and the nature of the soul. "God", he says, "is not pleased by blood - and not acting reasonably (F×<>
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The decisive statement in this argument against violent conversion is this: not to act in accordance with reason is contrary to God's nature. The editor, Theodore Khoury, observes: For the emperor, as a Byzantine shaped by Greek philosophy, this statement is self-evident. But for Muslim teaching, God is absolutely transcendent. His will is not bound up with any of our categories, even that of rationality. Here Khoury quotes a work of the noted French Islamist R. Arnaldez, who points out that Ibn Hazn went so far as to state that God is not bound even by his own word, and that nothing would oblige him to reveal the truth to us. Were it God's will, we would even have to practise idolatry.
At this point, as far as understanding of God and thus the concrete practice of religion is concerned, we are faced with an unavoidable dilemma. Is the conviction that acting unreasonably contradicts God's nature merely a Greek idea, or is it always and intrinsically true? I believe that here we can see the profound harmony between what is Greek in the best sense of the word and the biblical understanding of faith in God. Modifying the first verse of the Book of Genesis, the first verse of the whole Bible, John began the prologue of his Gospel with the words: "In the beginning was the 8`(@H". This is the very word used by the emperor: God acts, F×<>logos. Logos means both reason and word - a reason which is creative and capable of self-communication, precisely as reason. John thus spoke the final word on the biblical concept of God, and in this word all the often toilsome and tortuous threads of biblical faith find their culmination and synthesis. In the beginning was the logos, and the logos is God, says the Evangelist. The encounter between the Biblical message and Greek thought did not happen by chance. The vision of Saint Paul, who saw the roads to Asia barred and in a dream saw a Macedonian man plead with him: "Come over to Macedonia and help us!" (cf. Acts 16:6-10) - this vision can be interpreted as a "distillation" of the intrinsic necessity of a rapprochement between Biblical faith and Greek inquiry.
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In point of fact, this rapprochement had been going on for some time. The mysterious name of God, revealed from the burning bush, a name which separates this God from all other divinities with their many names and simply declares "I am", already presents a challenge to the notion of myth, to which Socrates' attempt to vanquish and transcend myth stands in close analogy. Within the Old Testament, the process which started at the burning bush came to new maturity at the time of the Exile, when the God of Israel, an Israel now deprived of its land and worship, was proclaimed as the God of heaven and earth and described in a simple formula which echoes the words uttered at the burning bush: "I am". This new understanding of God is accompanied by a kind of enlightenment, which finds stark expression in the mockery of gods who are merely the work of human hands (cf. Ps 115). Thus, despite the bitter conflict with those Hellenistic rulers who sought to accommodate it forcibly to the customs and idolatrous cult of the Greeks, biblical faith, in the Hellenistic period, encountered the best of Greek thought at a deep level, resulting in a mutual enrichment evident especially in the later wisdom literature. Today we know that the Greek translation of the Old Testament produced at Alexandria - the Septuagint - is more than a simple (and in that sense really less than satisfactory) translation of the Hebrew text: it is an independent textual witness and a distinct and important step in the history of revelation, one which brought about this encounter in a way that was decisive for the birth and spread of Christianity. A profound encounter of faith and reason is taking place here, an encounter between genuine enlightenment and religion. From the very heart of Christian faith and, at the same time, the heart of Greek thought now joined to faith, Manuel II was able to say: Not to act "with logos" is contrary to God's nature.
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In all honesty, one must observe that in the late Middle Ages we find trends in theology which would sunder this synthesis between the Greek spirit and the Christian spirit. In contrast with the so-called intellectualism of Augustine and Thomas, there arose with Duns Scotus a voluntarism which, in its later developments, led to the claim that we can only know God's voluntas ordinata. Beyond this is the realm of God's freedom, in virtue of which he could have done the opposite of everything he has actually done. This gives rise to positions which clearly approach those of Ibn Hazn and might even lead to the image of a capricious God, who is not even bound to truth and goodness. God's transcendence and otherness are so exalted that our reason, our sense of the true and good, are no longer an authentic mirror of God, whose deepest possibilities remain eternally unattainable and hidden behind his actual decisions. As opposed to this, the faith of the Church has always insisted that between God and us, between his eternal Creator Spirit and our created reason there exists a real analogy, in which - as the Fourth Lateran Council in 1215 stated - unlikeness remains infinitely greater than likeness, yet not to the point of abolishing analogy and its language. God does not become more divine when we push him away from us in a sheer, impenetrable voluntarism; rather, the truly divine God is the God who has revealed himself as logos and, as logos, has acted and continues to act lovingly on our behalf. Certainly, love, as Saint Paul says, "transcends" knowledge and is thereby capable of perceiving more than thought alone (cf. Eph 3:19); nonetheless it continues to be love of the God who is Logos. Consequently, Christian worship is, again to quote Paul - "8@(46¬ 8"JD,\"", worship in harmony with the eternal Word and with our reason (cf. Rom 12:1).
In all honesty, one must observe that in the late Middle Ages we find trends in theology which would sunder this synthesis between the Greek spirit and the Christian spirit. In contrast with the so-called intellectualism of Augustine and Thomas, there arose with Duns Scotus a voluntarism which, in its later developments, led to the claim that we can only know God's voluntas ordinata. Beyond this is the realm of God's freedom, in virtue of which he could have done the opposite of everything he has actually done. This gives rise to positions which clearly approach those of Ibn Hazn and might even lead to the image of a capricious God, who is not even bound to truth and goodness. God's transcendence and otherness are so exalted that our reason, our sense of the true and good, are no longer an authentic mirror of God, whose deepest possibilities remain eternally unattainable and hidden behind his actual decisions. As opposed to this, the faith of the Church has always insisted that between God and us, between his eternal Creator Spirit and our created reason there exists a real analogy, in which - as the Fourth Lateran Council in 1215 stated - unlikeness remains infinitely greater than likeness, yet not to the point of abolishing analogy and its language. God does not become more divine when we push him away from us in a sheer, impenetrable voluntarism; rather, the truly divine God is the God who has revealed himself as logos and, as logos, has acted and continues to act lovingly on our behalf. Certainly, love, as Saint Paul says, "transcends" knowledge and is thereby capable of perceiving more than thought alone (cf. Eph 3:19); nonetheless it continues to be love of the God who is Logos. Consequently, Christian worship is, again to quote Paul - "8@(46¬ 8"JD,\"", worship in harmony with the eternal Word and with our reason (cf. Rom 12:1).
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This inner rapprochement between Biblical faith and Greek philosophical inquiry was an event of decisive importance not only from the standpoint of the history of religions, but also from that of world history - it is an event which concerns us even today. Given this convergence, it is not surprising that Christianity, despite its origins and some significant developments in the East, finally took on its historically decisive character in Europe. We can also express this the other way around: this convergence, with the subsequent addition of the Roman heritage, created Europe and remains the foundation of what can rightly be called Europe.
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The thesis that the critically purified Greek heritage forms an integral part of Christian faith has been countered by the call for a dehellenization of Christianity - a call which has more and more dominated theological discussions since the beginning of the modern age. Viewed more closely, three stages can be observed in the programme of dehellenization: although interconnected, they are clearly distinct from one another in their motivations and objectives.
The thesis that the critically purified Greek heritage forms an integral part of Christian faith has been countered by the call for a dehellenization of Christianity - a call which has more and more dominated theological discussions since the beginning of the modern age. Viewed more closely, three stages can be observed in the programme of dehellenization: although interconnected, they are clearly distinct from one another in their motivations and objectives.
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Dehellenization first emerges in connection with the postulates of the Reformation in the sixteenth century. Looking at the tradition of scholastic theology, the Reformers thought they were confronted with a faith system totally conditioned by philosophy, that is to say an articulation of the faith based on an alien system of thought. As a result, faith no longer appeared as a living historical Word but as one element of an overarching philosophical system. The principle of sola scriptura, on the other hand, sought faith in its pure, primordial form, as originally found in the biblical Word. Metaphysics appeared as a premise derived from another source, from which faith had to be liberated in order to become once more fully itself. When Kant stated that he needed to set thinking aside in order to make room for faith, he carried this programme forward with a radicalism that the Reformers could never have foreseen. He thus anchored faith exclusively in practical reason, denying it access to reality as a whole.
Dehellenization first emerges in connection with the postulates of the Reformation in the sixteenth century. Looking at the tradition of scholastic theology, the Reformers thought they were confronted with a faith system totally conditioned by philosophy, that is to say an articulation of the faith based on an alien system of thought. As a result, faith no longer appeared as a living historical Word but as one element of an overarching philosophical system. The principle of sola scriptura, on the other hand, sought faith in its pure, primordial form, as originally found in the biblical Word. Metaphysics appeared as a premise derived from another source, from which faith had to be liberated in order to become once more fully itself. When Kant stated that he needed to set thinking aside in order to make room for faith, he carried this programme forward with a radicalism that the Reformers could never have foreseen. He thus anchored faith exclusively in practical reason, denying it access to reality as a whole.
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The liberal theology of the nineteenth and twentieth centuries ushered in a second stage in the process of dehellenization, with Adolf von Harnack as its outstanding representative. When I was a student, and in the early years of my teaching, this programme was highly influential in Catholic theology too. It took as its point of departure Pascal's distinction between the God of the philosophers and the God of Abraham, Isaac and Jacob. In my inaugural lecture at Bonn in 1959, I tried to address the issue, and I do not intend to repeat here what I said on that occasion, but I would like to describe at least briefly what was new about this second stage of dehellenization. Harnack's central idea was to return simply to the man Jesus and to his simple message, underneath the accretions of theology and indeed of hellenization: this simple message was seen as the culmination of the religious development of humanity. Jesus was said to have put an end to worship in favour of morality. In the end he was presented as the father of a humanitarian moral message. Fundamentally, Harnack's goal was to bring Christianity back into harmony with modern reason, liberating it, that is to say, from seemingly philosophical and theological elements, such as faith in Christ's divinity and the triune God. In this sense, historical-critical exegesis of the New Testament, as he saw it, restored to theology its place within the university: theology, for Harnack, is something essentially historical and therefore strictly scientific. What it is able to say critically about Jesus is, so to speak, an expression of practical reason and consequently it can take its rightful place within the university. Behind this thinking lies the modern self-limitation of reason, classically expressed in Kant's "Critiques", but in the meantime further radicalized by the impact of the natural sciences. This modern concept of reason is based, to put it briefly, on a synthesis between Platonism (Cartesianism) and empiricism, a synthesis confirmed by the success of technology. On the one hand it presupposes the mathematical structure of matter, its intrinsic rationality, which makes it possible to understand how matter works and use it efficiently: this basic premise is, so to speak, the Platonic element in the modern understanding of nature. On the other hand, there is nature's capacity to be exploited for our purposes, and here only the possibility of verification or falsification through experimentation can yield ultimate certainty. The weight between the two poles can, depending on the circumstances, shift from one side to the other. As strongly positivistic a thinker as J. Monod has declared himself a convinced Platonist/Cartesian.
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This gives rise to two principles which are crucial for the issue we have raised. First, only the kind of certainty resulting from the interplay of mathematical and empirical elements can be considered scientific. Anything that would claim to be science must be measured against this criterion. Hence the human sciences, such as history, psychology, sociology and philosophy, attempt to conform themselves to this canon of scientificity. A second point, which is important for our reflections, is that by its very nature this method excludes the question of God, making it appear an unscientific or pre-scientific question. Consequently, we are faced with a reduction of the radius of science and reason, one which needs to be questioned.I will return to this problem later. In the meantime, it must be observed that from this standpoint any attempt to maintain theology's claim to be "scientific" would end up reducing Christianity to a mere fragment of its former self. But we must say more: if science as a whole is this and this alone, then it is man himself who ends up being reduced, for the specifically human questions about our origin and destiny, the questions raised by religion and ethics, then have no place within the purview of collective reason as defined by "science", so understood, and must thus be relegated to the realm of the subjective. The subject then decides, on the basis of his experiences, what he considers tenable in matters of religion, and the subjective "conscience" becomes the sole arbiter of what is ethical. In this way, though, ethics and religion lose their power to create a community and become a completely personal matter. This is a dangerous state of affairs for humanity, as we see from the disturbing pathologies of religion and reason which necessarily erupt when reason is so reduced that questions of religion and ethics no longer concern it. Attempts to construct an ethic from the rules of evolution or from psychology and sociology, end up being simply inadequate.
This gives rise to two principles which are crucial for the issue we have raised. First, only the kind of certainty resulting from the interplay of mathematical and empirical elements can be considered scientific. Anything that would claim to be science must be measured against this criterion. Hence the human sciences, such as history, psychology, sociology and philosophy, attempt to conform themselves to this canon of scientificity. A second point, which is important for our reflections, is that by its very nature this method excludes the question of God, making it appear an unscientific or pre-scientific question. Consequently, we are faced with a reduction of the radius of science and reason, one which needs to be questioned.I will return to this problem later. In the meantime, it must be observed that from this standpoint any attempt to maintain theology's claim to be "scientific" would end up reducing Christianity to a mere fragment of its former self. But we must say more: if science as a whole is this and this alone, then it is man himself who ends up being reduced, for the specifically human questions about our origin and destiny, the questions raised by religion and ethics, then have no place within the purview of collective reason as defined by "science", so understood, and must thus be relegated to the realm of the subjective. The subject then decides, on the basis of his experiences, what he considers tenable in matters of religion, and the subjective "conscience" becomes the sole arbiter of what is ethical. In this way, though, ethics and religion lose their power to create a community and become a completely personal matter. This is a dangerous state of affairs for humanity, as we see from the disturbing pathologies of religion and reason which necessarily erupt when reason is so reduced that questions of religion and ethics no longer concern it. Attempts to construct an ethic from the rules of evolution or from psychology and sociology, end up being simply inadequate.
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Before I draw the conclusions to which all this has been leading, I must briefly refer to the third stage of dehellenization, which is now in progress. In the light of our experience with cultural pluralism, it is often said nowadays that the synthesis with Hellenism achieved in the early Church was a preliminary inculturation which ought not to be binding on other cultures. The latter are said to have the right to return to the simple message of the New Testament prior to that inculturation, in order to inculturate it anew in their own particular milieux. This thesis is not only false; it is coarse and lacking in precision. The New Testament was written in Greek and bears the imprint of the Greek spirit, which had already come to maturity as the Old Testament developed. True, there are elements in the evolution of the early Church which do not have to be integrated into all cultures. Nonetheless, the fundamental decisions made about the relationship between faith and the use of human reason are part of the faith itself; they are developments consonant with the nature of faith itself.
Before I draw the conclusions to which all this has been leading, I must briefly refer to the third stage of dehellenization, which is now in progress. In the light of our experience with cultural pluralism, it is often said nowadays that the synthesis with Hellenism achieved in the early Church was a preliminary inculturation which ought not to be binding on other cultures. The latter are said to have the right to return to the simple message of the New Testament prior to that inculturation, in order to inculturate it anew in their own particular milieux. This thesis is not only false; it is coarse and lacking in precision. The New Testament was written in Greek and bears the imprint of the Greek spirit, which had already come to maturity as the Old Testament developed. True, there are elements in the evolution of the early Church which do not have to be integrated into all cultures. Nonetheless, the fundamental decisions made about the relationship between faith and the use of human reason are part of the faith itself; they are developments consonant with the nature of faith itself.
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And so I come to my conclusion. This attempt, painted with broad strokes, at a critique of modern reason from within has nothing to do with putting the clock back to the time before the Enlightenment and rejecting the insights of the modern age. The positive aspects of modernity are to be acknowledged unreservedly: we are all grateful for the marvellous possibilities that it has opened up for mankind and for the progress in humanity that has been granted to us. The scientific ethos, moreover, is - as you yourself mentioned, Magnificent Rector - the will to be obedient to the truth, and, as such, it embodies an attitude which belongs to the essential decisions of the Christian spirit. The intention here is not one of retrenchment or negative criticism, but of broadening our concept of reason and its application. While we rejoice in the new possibilities open to humanity, we also see the dangers arising from these possibilities and we must ask ourselves how we can overcome them. We will succeed in doing so only if reason and faith come together in a new way, if we overcome the self-imposed limitation of reason to the empirically verifiable, and if we once more disclose its vast horizons. In this sense theology rightly belongs in the university and within the wide-ranging dialogue of sciences, not merely as a historical discipline and one of the human sciences, but precisely as theology, as inquiry into the rationality of faith.
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Only thus do we become capable of that genuine dialogue of cultures and religions so urgently needed today. In the Western world it is widely held that only positivistic reason and the forms of philosophy based on it are universally valid. Yet the world's profoundly religious cultures see this exclusion of the divine from the universality of reason as an attack on their most profound convictions. A reason which is deaf to the divine and which relegates religion into the realm of subcultures is incapable of entering into the dialogue of cultures. At the same time, as I have attempted to show, modern scientific reason with its intrinsically Platonic element bears within itself a question which points beyond itself and beyond the possibilities of its methodology. Modern scientific reason quite simply has to accept the rational structure of matter and the correspondence between our spirit and the prevailing rational structures of nature as a given, on which its methodology has to be based. Yet the question why this has to be so is a real question, and one which has to be remanded by the natural sciences to other modes and planes of thought - to philosophy and theology. For philosophy and, albeit in a different way, for theology, listening to the great experiences and insights of the religious traditions of humanity, and those of the Christian faith in particular, is a source of knowledge, and to ignore it would be an unacceptable restriction of our listening and responding. Here I am reminded of something Socrates said to Phaedo. In their earlier conversations, many false philosophical opinions had been raised, and so Socrates says: "It would be easily understandable if someone became so annoyed at all these false notions that for the rest of his life he despised and mocked all talk about being - but in this way he would be deprived of the truth of existence and would suffer a great loss". The West has long been endangered by this aversion to the questions which underlie its rationality, and can only suffer great harm thereby. The courage to engage the whole breadth of reason, and not the denial of its grandeur - this is the programme with which a theology grounded in Biblical faith enters into the debates of our time. "Not to act reasonably, not to act with logos, is contrary to the nature of God", said Manuel II, according to his Christian understanding of God, in response to his Persian interlocutor. It is to this great logos, to this breadth of reason, that we invite our partners in the dialogue of cultures. To rediscover it constantly is the great task of the university.
Only thus do we become capable of that genuine dialogue of cultures and religions so urgently needed today. In the Western world it is widely held that only positivistic reason and the forms of philosophy based on it are universally valid. Yet the world's profoundly religious cultures see this exclusion of the divine from the universality of reason as an attack on their most profound convictions. A reason which is deaf to the divine and which relegates religion into the realm of subcultures is incapable of entering into the dialogue of cultures. At the same time, as I have attempted to show, modern scientific reason with its intrinsically Platonic element bears within itself a question which points beyond itself and beyond the possibilities of its methodology. Modern scientific reason quite simply has to accept the rational structure of matter and the correspondence between our spirit and the prevailing rational structures of nature as a given, on which its methodology has to be based. Yet the question why this has to be so is a real question, and one which has to be remanded by the natural sciences to other modes and planes of thought - to philosophy and theology. For philosophy and, albeit in a different way, for theology, listening to the great experiences and insights of the religious traditions of humanity, and those of the Christian faith in particular, is a source of knowledge, and to ignore it would be an unacceptable restriction of our listening and responding. Here I am reminded of something Socrates said to Phaedo. In their earlier conversations, many false philosophical opinions had been raised, and so Socrates says: "It would be easily understandable if someone became so annoyed at all these false notions that for the rest of his life he despised and mocked all talk about being - but in this way he would be deprived of the truth of existence and would suffer a great loss". The West has long been endangered by this aversion to the questions which underlie its rationality, and can only suffer great harm thereby. The courage to engage the whole breadth of reason, and not the denial of its grandeur - this is the programme with which a theology grounded in Biblical faith enters into the debates of our time. "Not to act reasonably, not to act with logos, is contrary to the nature of God", said Manuel II, according to his Christian understanding of God, in response to his Persian interlocutor. It is to this great logos, to this breadth of reason, that we invite our partners in the dialogue of cultures. To rediscover it constantly is the great task of the university.
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NOTE:
The Holy Father intends to supply a subsequent version of this text, complete with footnotes. The present text must therefore be considered provisional.
segunda-feira, setembro 11, 2006
9/11
Quem não se lembra daquela tarde? Recordo como se fosse hoje. Estava quente, de Verão, o dia que mudou o mundo, nas vésperas do acontecimento que mudaria a minha vida.
Estava em casa e presenciei em directo, pela CNN, a colisão do 2º avião. Esse foi o momento que deixou o mundo boquiaberto. Não restavam dúvidas, a América estava a ser atacada.
domingo, setembro 10, 2006
« Chi crede, non è mai solo »
Questa parola abbraccia l?intera comunità dei fedeli, la Chiesa. Essa significa che ogni singolo battezzato è stato accolto nella grande comunità dei fedeli e, insieme con loro, è Chiesa.
Al contempo emerge il fondamento profondo di questa affermazione, cioè la comunione del singolo con Dio che accompagna ogni uomo nella vita e nella morte.
Infine, questa parola accenna alla grande comunione dei santi, di cui tutti fanno parte mediante il battesimo; essa li pone in rapporto con i fedeli di tutti i tempi e di tutti i luoghi.
Quem falará verdade?
"o défice orçamental não será este ano superior a 4,6 e que o compromisso do Governo será cumprido".
José Sócrates, na sessão das Novas Fronteiras, no Porto.
."Em Portugal, embora as autoridades tencionem reduzir o défice para 4,6% do PIB em 2006 (face a um défice de 6% em 2005), existe pouca informação disponível sobre os progressos efectivos na concretização desse objectivo".
Boletim mensal do Banco Central Europeu (BCE)
sábado, setembro 09, 2006
Não há festa como esta!
Íngrid Betancourt era candidata às eleições presidênciais da Colombia quando as Forças Armadas Revolucionárias Colombianas (FARC) a sequestraram. Foi há 4 anos. Até hoje.
O governo dos Estados Unidos e a União Europeia incluem as FARC-EP na lista das organizações terroristas, a par do ELN e do AUC. As organizações de direitos humanos, como a Human Rights Watch e a Amnistia Internacional, acusam-na de violar os direitos humanos e de atacar e prejudicar indiscriminadamente civis.
As FARC respondem a estas acusações declarando que os seus alvos fazem parte da oligarquia colombiana ou a apoiam de algum modo, e por essa razão, são inimigos da organização.
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As FARC usam habitualmente carros ou veículos bomba em diferentes situações, escondendo os explosivos dentro de um veículo mais tarde abandonado, ou enganando o condutor, levando-o a transportar o veículo até ao lugar do ataque. Noutros casos, fizeram explodir veículos por controlo remoto, matando o condutor e quem passava. Utilizam tamém animais, carroças e bicicletas como bomba.
As FARC usam habitualmente carros ou veículos bomba em diferentes situações, escondendo os explosivos dentro de um veículo mais tarde abandonado, ou enganando o condutor, levando-o a transportar o veículo até ao lugar do ataque. Noutros casos, fizeram explodir veículos por controlo remoto, matando o condutor e quem passava. Utilizam tamém animais, carroças e bicicletas como bomba.
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Os guerrilheiros das FARC participam no tráfico internacional de droga, através da criação de um imposto sobre a produção chamado "gramaje", garantindo a protecção das plantações, dos laboratórios, das pistas clandestinas, da rede de distribuição e no assassinato dos civis e das forças armadas enviadas para combater o narcotráfico.
Os guerrilheiros das FARC participam no tráfico internacional de droga, através da criação de um imposto sobre a produção chamado "gramaje", garantindo a protecção das plantações, dos laboratórios, das pistas clandestinas, da rede de distribuição e no assassinato dos civis e das forças armadas enviadas para combater o narcotráfico.
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A seguir ao narcotráfico, é a sua principal fonte lucrativa. As FARC não hesitam em sequestrar comerciantes, proprietários agrícolas, fazendeiros, camponeses, empresários, industriais, políticos, militares, turistas nacionais e internacionais, alguns dos quais estão no cativeiro há mais de 9 anos. O caso mais conhecido é o rapto de Íngrid Betancourt.
Pois bem, não foi só Luis Filipe Vieira e Marcelo Rebelo de Sousa que deram uma passeata pela Quinta da Atalaya. Alguns destes senhores estiveram também por lá, na Festa do Avante. Para além de confirmar a presença das FARC, através da revista Resistência que funciona como seu orgão ofícial, o nosso PC saiu em sua defesa, «denuncia[ndo] as tentativas de criminalização da resistência ao grande capital e ao imperialismo e para reiterar a sua frontal oposição à classificação pelos EUA e União Europeia das FARC, uma organização popular armada que há mais de 40 anos prossegue, entre outros objectivos, a luta pela real democracia na Colômbia e por uma justa e equitativa redistribuição da riqueza, dos recursos naturais da Colômbia e da posse e uso da terra, como organização terrorista.
A seguir ao narcotráfico, é a sua principal fonte lucrativa. As FARC não hesitam em sequestrar comerciantes, proprietários agrícolas, fazendeiros, camponeses, empresários, industriais, políticos, militares, turistas nacionais e internacionais, alguns dos quais estão no cativeiro há mais de 9 anos. O caso mais conhecido é o rapto de Íngrid Betancourt.
Pois bem, não foi só Luis Filipe Vieira e Marcelo Rebelo de Sousa que deram uma passeata pela Quinta da Atalaya. Alguns destes senhores estiveram também por lá, na Festa do Avante. Para além de confirmar a presença das FARC, através da revista Resistência que funciona como seu orgão ofícial, o nosso PC saiu em sua defesa, «denuncia[ndo] as tentativas de criminalização da resistência ao grande capital e ao imperialismo e para reiterar a sua frontal oposição à classificação pelos EUA e União Europeia das FARC, uma organização popular armada que há mais de 40 anos prossegue, entre outros objectivos, a luta pela real democracia na Colômbia e por uma justa e equitativa redistribuição da riqueza, dos recursos naturais da Colômbia e da posse e uso da terra, como organização terrorista.
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Não há PC como este!
Nem mais :)
O que faz falta em Portugal não são jornais mais bonitos. O que faz falta - muita falta - são jornais melhores.
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João Miguel Tavares, no DN.
Cidades que inspiraram músicas - Sarajevo
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Passengers. Este nome diz alguma coisa? Em Outubro de 1995, depois de Zooropa, Bono Vox e companheiros lançam-se numa nova aventura paralela aos U2. Passengers é um projecto com a colaboração do grande Brian Eno, em que não se sabe bem quem é o mais importante, se a banda se o produtor.
Desta reinvenção resultou Original Soundtracks 1, um conjunto de temas que serviriam de acompanhamento musical para filmes imaginários, e que contou com as participações do DJ Howie B., da japonesa Holi e de Luciano Pavarotti.
Para ouvir Miss Sarajevo, todos os Passengers em palco, em homenagem ao povo martirizado da Bósnia, no War Child Concert promovido por Pavarotti em Modena (12/09/1995). Orquestra conduzida por Michael Kamen.
Desta reinvenção resultou Original Soundtracks 1, um conjunto de temas que serviriam de acompanhamento musical para filmes imaginários, e que contou com as participações do DJ Howie B., da japonesa Holi e de Luciano Pavarotti.
Para ouvir Miss Sarajevo, todos os Passengers em palco, em homenagem ao povo martirizado da Bósnia, no War Child Concert promovido por Pavarotti em Modena (12/09/1995). Orquestra conduzida por Michael Kamen.
sexta-feira, setembro 08, 2006
Lendo os outros
O anunciado abandono de Tony Blair e a 3ª via, segundo Nuno Rogeiro, no JN:
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Quando, algures em 2007, Blair abandonar o número 10 da Rua Downing, a "terceira via" ficará sem criadores no poder, e apenas com uma segunda vaga de vulgarizadores. Mas o que lhe sucederá não parece ser um regresso ao passado "socialista". No fundo, foi o falhanço deste que a justificou, e a fez nascer.
quarta-feira, setembro 06, 2006
Major lex, sed lex
Enquanto Loureiro não sucede a Loureiro, a FIFA veio repreender o situacionista do Madaíl, pela FPF não ter mão na Liga de Futebol.
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Pelos vistos, a corrupção é tanta que o cheiro já chegou à FIFA. Que mais provas seriam preciso para denunciar os abusos do consulado do Major do que as relatadas pelo DN de hoje? Tem sido um fartar vilanagem...
segunda-feira, setembro 04, 2006
A grande marcha bloquista
A esquerda festival-revolucionária delira com estas coisas. Depois de Mao e Castro, a 3ª grande marcha está em curso, com o Torquemada Louçã à cabeça, prosseguindo a sua cruzada contra o grande capital:
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"Temos o Carrapatoso/Corleone, o Belmiro/Corleone e o Paulo Teixeira/Corleone.(...). Tal como Corleone fazia aos seus colaboradores, apresentando-lhes propostas que não podiam ser recusadas, sob pena de morte, também os empresários fazem propostas irrecusáveis de rescisões voluntárias aos trabalhadores".
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"Há bandidos que acham que podem oferecer emprego com salários inferiores ao mínimo nacional, ou mesmo abaixo dos subsídios de desemprego, (...) é falso que os trabalhadores/desempregados sejam os malandros que não querem aceitar os bons empregos que os centros de emprego disponibilizam".
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"Venham! Venham todos os reaccionários a este debate!".
domingo, setembro 03, 2006
sábado, setembro 02, 2006
Gosto deste ministro
Segundo a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), o Irão não cumpriu a resolução 1696 do Conselho de Segurança da ONU. Enquanto a Rússia "lamenta" o facto e os países da EU, por intermédio da barata tonta do Javier Solana, testam a possibilidade de iniciarem o que classificam de "verdadeiras negociações" com os iranianos, Luís Amado declarou que «a questão das sanções está manifestamente desde já aberta e nós temos de a equacionar».
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Será que nenhuma das decisões tomada no seio da ONU é para levar a sério? Será que estamos num tempo do faz de conta?
20 anos passaram
Recordando O'Neill pela pena de Baptista Basto no Jornal de Negócios:
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Conversámo-nos dias e noites sem fim. Bebíamos tintos por ele escolhidos, ouvia-o e às suas mágoas; ele, às minhas decepções. Certa tarde tocou no batente do jornal onde eu trabalhava: era Natal, vinha com uma prenda: "A Guerra do Fim do Mundo", de Vargas Llosa, em castelhano, com uma dedicatória de derreter o coração. Senti-lhe, nesse dia mais do que nunca, as amolgadelas que a solidão ia fazendo naquele corpo moldado em ternura e em recato.
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Sobre os recados morais de Baptista Basto, O'Neill dir-lhe-ia: "Deixa-te de tretas BB!"
Tight Belt Season
Começa a ser um hábito. Terminada a Silly Season a hora do aperto, tudo por causa do controlo do défice imposto pelo famigerado Programa de Estabilidade e Crescimento. Este ano veio até mais cedo, muito antes das primeiras chuvas. Assim, durante os próximos 4 meses, o Governo promete mão firme nos gastos públicos.
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Mas depois dos banhos, do sól, das comezainas e do descanso, quem é que liga a isso, com as prestações da casa, do carro e das férias aí a chegarem?
sexta-feira, setembro 01, 2006
Grande ajuda ...ao Irão
De acordo com El Periodico, Felipe Gonzalez deslocou-se a Teerão para se reunir com Ahmadineyad, a quem ha manifestado que el papel de Irán en la región es "clave y vital", y tras reconocer el derecho del pueblo iraní a la tecnología nuclear se ha mostrado esperanzado en que el litigio atómico se resuelva a través del diálogo.