segunda-feira, outubro 30, 2006
Lendo os outros
domingo, outubro 29, 2006
Ajuste directo? Só para amigos
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Este é o bê-á-bá de qualquer gestão pública. Por isso, José Sócrates vai ter de explicar esta notícia do Sol, e vai ter de responder ao Eduardo Dâmaso, quando pergunta:
sábado, outubro 28, 2006
Lendo os outros
Rua da Fé congratula-se
D. José Policarpo sobre o aborto
A seguir ao 25 de Abril fui muitas vezes à televisão, umas vezes porque me pediam pessoalmente, outras porque o senhor cardeal Ribeiro me pedia. E numa mesa-redonda alguém me pôs essa questão. Disse nessa altura que se fosse possível separar a proibição ética do aborto da sua criminalização eu seria favorável a isso. Dois dias depois, um professor universitário meu amigo chamou-me e disse: "Você nunca diga uma coisa dessas em público porque para ser um ilícito tem de ter uma pena." E eu respondi-lhe: "Essa é uma questão de direito penal, então qual é a solução?" A solução é só de jurisprudência. O juiz tem de ter em conta as atenuantes e condenar ou não condenar.
Não nos metemos na questão de direito penal. A maior parte das mulheres que passa pela experiência do aborto precisa de ser ajudada e não condenada. E o apoio é mais social do que legal.
Prefiro dizer que é uma legalização, não é uma simples despenalização. É uma lei que cria um direito cívico.
Disse que o aborto não é uma questão religiosa, é de ética fundamental.
sexta-feira, outubro 27, 2006
Lembrar Buenos Aires 12 anos depois
Enquanto isso, o Irão continua a gozar com a comunidade internacional, duplicando a sua capacidade de produzir urânio, escudado pela posição da Rússia. Até quando?
Areia para os olhos
António Vitorino sabe muito bem que não é só isto que está em causa. No nosso Código Penal, há milhentos exemplos de actos aos quais estão associadas penas por serem ilícitos, como por exemplo roubar, praticar uma fraude, falsificar documentos, matar alguém. Despenalizar qualquer deles significa retirar o castigo associado à sua prática.
Se fosse só isso, porquê tanta conversa à volta do SNS, da entrada de clínicas privadas em Portugal e do preço dos abortos? A pretexto de despenalizar, o que está aqui em causa é tornar efectivamente livre a prática do aborto. Na verdade, estamos perante uma lei cujo fim é permitir a prática do aborto, livre e gratuíta, até às 10 semanas, a coberto da despenalização. Se fosse simplesmente despenalizar, se esta gente estivesse sinceramente preocupada com as prisões, então porque carga de água não se preocupariam também com as mulheres que praticam aborto para além das 10 semanas? Não merecem ser ajudadas? Não precisam de apoio?
Sublinha ainda Vitorino que estamos em presença de dois direitos fundamentais (um o direito da mulher a decidir da procriação, outro o direito à vida do feto), para à frente constatar que a maior relutância em participar no referendo vem do eleitorado masculino, como se a questão do regime legal do aborto (e a própria decisão de abortar) fosse apenas uma questão do foro das mulheres.
Dedos de jazz treinados em Liszt
Nascido no Canadá, Oscar Peterson aprendeu piano com Paul de Marky, um professor húngaro que havia sido aluno de um discípulo de Franz Liszt. Não surpreende por isso que o seu estilo, marcado pelo swing e pelo bop de Art Tatum, na linha da tradição clássica do jazz, manifeste uma capacidade para tocar com velocidade, demonstrando uma grande habilidade para o swing, independentemente do tempo de execução. Ao piano, Peterson transmite uma expressividade, um poder rítmico, e um sentido de blues absolutamente extraordinarios. Como solista é dos maiores, mas nunca perdeu a notariedade por aparecer integrado em grupos (trios) ou acompanhando cantores.
A vida dá muitas voltas
quinta-feira, outubro 26, 2006
Os desafios de Sócrates
A importância das Autoridades Reguladoras reside no facto de decidirem de acordo com critérios estritamente técnicos, independentes de qualquer pressão política, de molde a garantir as melhores condições de concorrência entre operadores. O pressuposto é tornar os serviços mais eficientes, melhores e mais baratos.
Os aumentos propostos pela ERSE apoiaram-se no Decreto-Lei nº29/2006 de 15 de Fevereiro de 2006, o qual revoga o diploma de Julho de 1995 que indexava os aumentos das tarifas de electricidade à inflação, assim como na decisão do Governo em passar para os consumidores de baixa tensão normal a quase totalidade dos sobrecustos com as energias renováveis.
Porque se surpreendeu então o Ministro Manuel Pinho, depois do seu Secretário de Estado dar razão à ERSE, quando nos imputou a responsabilidade de tal aumento? Para emendar a mão, o Governo não tem outra alternativa senão alterar de novo o quadro legislativo. Mas vamos andar assim até quando?
Lavar as mãos...
quarta-feira, outubro 25, 2006
Lendo na blogosfera
terça-feira, outubro 24, 2006
Senhor Ministro da Saúde, demita-se
segunda-feira, outubro 23, 2006
Todos pelo
Lendo na blogosfera - Uma leitura obrigatória
E assim nasceu a ópera
1º Acto - Orfeu e Eurídice comemoram o seu dia do casamento.
2º Acto - Orfeu recebe a notícia terrível da morte de Eurídice e resolve descer ao Hades para resgatá-la.
3º Acto - A Esperança acompanha Orfeu ao Hades. À entrada, Orfeu encontra Caronte, o guardião, a quem tenta convencer, pela beleza do seu canto, a deixar passar.
5º Acto - Orfeu é consumido pela amargura, e Apólo, seu pai, vem em seu socorro. Com pena, permite que se reúna novamente com Eurídice.
Para ouvir Orfeu, fábula em música, com a Capella Reial de Catalunya, sob a direcção de Jordi Savall, gravado em Janeiro de 2002, no Grand Teatro del Liceo, Barcelona:
- Orfeu - Marilia Vargas como ninfa;
- Tocata ritornello Dal mio permesso amato;
Posição do Patriarca de Lisboa sobre o aborto
1. Comecei por afirmar, o que parece que ninguém ouviu, que a doutrina da Igreja sobre esta matéria, não mudou e nunca mudará. De facto, desde o seu início, a Igreja condenou o aborto, porque considera que desde o primeiro momento da concepção, existe um ser humano, com toda a sua dignidade, com direito a existir e a ser protegido.
2. Afirmei, de facto, que a condenação do aborto não é uma questão religiosa, mas de ética fundamental. Trata-se, de facto, de um valor universal, o direito à vida, exigência da moral natural. Com esta afirmação não foi minha intenção negar a sua dimensão religiosa. A mensagem bíblica assumiu, como preceito da moral religiosa este valor universal, dando-lhe a densidade do cumprimento da vontade de Deus. Não é só por se ser católico que se é contra o aborto; basta respeitar a vida e este é, em si mesmo, um valor ético universal.
É claro que o respeito pela vida é uma exigência da moral cristã, porque está incluído no quinto mandamento da Lei de Deus: Não matarás. Porque é um preceito da moral cristã, violá-lo é um pecado grave. Mas o Decálogo, estabelecido, pela primeira vez no Antigo Testamento, por Moisés, consagrou como Lei do Povo de Deus, alguns dos valores humanos universais, que interpelam a consciência mesmo de quem não é religioso. E de facto, na presente circunstância, há muitos homens e mulheres que, não sendo crentes, são contra o aborto porque defendem a dignidade da vida, desde o seu início.
Se a condenação do aborto fosse só exigência da moral religiosa, os defensores do aborto poderiam argumentar, e já o fazem, que as Leis de um Estado laico não devem proteger os preceitos religiosos; basta-lhes respeitar a liberdade de consciência. De facto não lembraria a ninguém exigir de uma Lei do Estado que afirmasse, por exemplo, que os católicos têm obrigação de ir à missa ao Domingo. Se nós lutamos por uma Lei do Estado que defenda a vida humana desde o seu início é porque se trata de um valor universal, de ética natural e não apenas de um preceito da moral religiosa.
3. À pergunta se a Igreja se iria empenhar nesta campanha, comecei por clarificar o sentido em que usavam a palavra Igreja, se referida a todos os fiéis, se apenas aos Bispos. Isto porque, muito frequentemente, os jornalistas quando falam da Igreja se referem só aos Bispos e Sacerdotes. Esclarecida esta questão, aproveitei para exprimir aquilo que penso ser o papel complementar dos leigos e da Hierarquia numa possível campanha a preparar o referendo. Devo dizer, agora, para clarificar o meu pensamento, que essa possível campanha deveria ser, sobretudo, um período de esclarecimento das consciências. Mas porque a proposta de leis liberalizantes da prática do aborto se tornou numa causa partidária, a campanha pode cair, na linguagem e nos métodos, numa vulgar campanha política.
Fique claro que todos os membros da Igreja e todos os que defendem a vida são chamados a participar nesse debate esclarecedor das consciências. Compete aos leigos organizar e dinamizar uma campanha, no concreto da sua metodologia. O papel dos pastores é apoiar, e iluminar as consciências com a proclamação da doutrina da Igreja, anunciando o Evangelho da Vida. Aos Sacerdotes da nossa Diocese eu peço que se empenhem nesta proclamação da doutrina da Igreja sobre a vida, mas que saibam sabiamente marcar a diferença entre o seu ministério de anunciadores da verdade, e as acções de campanha, necessárias e legítimas no seu lugar próprio. Mas os leigos poderão contar com todo o nosso apoio nesta luta por uma Lei que respeite a vida.
4. Não fiz a apologia do abstencionismo. Aconselhar a abstenção não será, concerteza, a orientação dos Bispos portugueses perante um possível referendo. A questão que me foi posta é outra: e os que têm dúvidas, como deverão votar?
Esta questão da dignidade da vida humana, desde o seu início, é hoje tão clara, mesmo do ponto de vista científico, que um dos objectivos a conseguir, durante o período de debate e esclarecimento é, pelo menos, lançar a dúvida em muitos que, talvez sem terem aprofundado a questão, estão inclinados a dizer sim à proposta de Lei referendada. Penso sobretudo no eleitorado mais jovem. Foi-me perguntado o que aconselharia a esses que duvidavam. A minha resposta é clara: se não têm coragem de votar não, que pelo menos se abstenham.
5. Àqueles que interpretaram abusivamente as minhas respostas ou, porque não as entenderam, ficaram confusos, aqui fica, com clareza, o meu pensamento. Mais uma vez se aplica a frase de Jesus: A verdade nos libertará.
Lisboa, 19 de Outubro de 2006
JOSÉ, Cardeal-Patriarca
sexta-feira, outubro 20, 2006
Completa desregulação
Lendo na blogosfera
Razões para escolher a vida
Nós, Bispos Católicos, sentimos perplexidade acerca desta situação. Antes de mais porque acreditamos, como o fez a Igreja desde os primeiros séculos, que a vida humana, com toda a sua dignidade, existe desde o primeiro momento da concepção. Porque consideramos a vida humana um valor absoluto, a defender e a promover em todas as circunstâncias, achamos que ela não é referendável e que nenhuma lei permissiva respeita os valores éticos fundamentais acerca da Vida, o que se aplica também à Lei já aprovada. Uma hipotética vitória do não no próximo referendo não significa a nossa concordância com a Lei vigente.
2. Para os fiéis católicos o aborto provocado é um pecado grave porque é uma violação do 5º Mandamento da Lei de Deus, ?não matarás?, e é-o mesmo quando legalmente permitido.
Mas este mandamento limita-se a exprimir um valor da lei natural, fundamento de uma ética universal. O aborto não é, pois, uma questão exclusivamente da moral religiosa; ele agride valores universais de respeito pela vida. Para os crentes acresce o facto de, na Sua Lei, Deus ter confirmado que esse valor universal é Sua vontade.
Não podemos, pois, deixar de dizer aos fiéis católicos que devem votar não e ajudar a esclarecer outras pessoas sobre a dignidade da vida humana, desde o seu primeiro momento. O período de debate e esclarecimento que antecede o referendo não é uma qualquer campanha política, mas sim um período de esclarecimento das consciências. A escolha no dia do referendo é uma opção de consciência, que não deve ser influenciada por políticas e correntes de opinião. Nós, os Bispos, não entramos em campanhas de tipo político, mas não podemos deixar de contribuir para o esclarecimento das consciências. Pensamos particularmente nos jovens, muitos dos quais votam pela primeira vez e para quem a vida é uma paixão e tem de ser uma descoberta.
Assim enunciamos, de modo simples, as razões para votar não e escolher a Vida:
1ª. O ser humano está todo presente desde o início da vida, quando ela é apenas embrião. E esta é hoje uma certeza confirmada pela Ciência: todas as características e potencialidades do ser humano estão presentes no embrião. A vida é, a partir desse momento, um processo de desenvolvimento e realização progressiva, que só acabará na morte natural. O aborto provocado, sejam quais forem as razões que levam a ele, é sempre uma violência injusta contra um ser humano, que nenhuma razão justifica eticamente.
2ª. A legalização não é o caminho adequado para resolver o drama do aborto clandestino, que acrescenta aos traumas espirituais no coração da mulher-mãe que interrompe a sua gravidez, os riscos de saúde inerentes à precariedade das situações em que consuma esse acto. Não somos insensíveis a esse drama; na confidencialidade do nosso ministério conhecemos-lhe dimensões que mais ninguém conhece. A luta contra este drama social deve empenhar todos e passa por um planeamento equilibrado da fecundidade, por um apoio decisivo às mulheres para quem a maternidade é difícil, pela dissuasão de todos os que intervêm lateralmente no processo, frequentemente com meros fins lucrativos.
3ª. Não se trata de uma mera despenalização, mas sim de uma liberalização legalizada, pois cria-se um direito cívico, de recurso às instituições públicas de saúde, preparadas para defender a vida e pagas com dinheiro de todos os cidadãos.
Penalizar ou despenalizar o aborto clandestino, é uma questão de Direito Penal. Nunca fizemos disso uma prioridade na nossa defesa da vida, porque pensamos que as mulheres que passam por essa provação precisam mais de um tratamento social do que penal. Elas precisam de ser ajudadas e não condenadas; foi a atitude de Jesus perante a mulher surpreendida em adultério: alguém te condenou?... Eu também não te condeno. Vai e doravante não tornes a pecar.
Mas nem todas as mulheres que abortam estão nas mesmas circunstâncias e há outros intervenientes no aborto que merecem ser julgados. É que tirar a vida a um ser humano é, em si mesmo, criminoso.
4ª. O aborto não é um direito da mulher. Ninguém tem direito de decidir se um ser humano vive ou não vive, mesmo que seja a mãe que o acolheu no seu ventre. A mulher tem o direito de decidir se concebe ou não. Mas desde que uma vida foi gerada no seu seio, é outro ser humano, em relação ao qual tem particular obrigação de o proteger e defender.
5ª. O aborto não é uma questão política, mas de direitos fundamentais. O respeito pela vida é o principal fundamento da ética, e está profundamente impresso na nossa cultura. É função das leis promoverem a prática desse respeito pela vida. A lei sobre a qual os portugueses vão ser consultados em referendo, a ser aprovada, significa a degenerescência da própria lei. Seria mais um caso em que aquilo que é legal não é moral.
3. Pedimos a todos os fiéis católicos e a quantos partilham connosco esta visão da vida, que se empenhem neste esclarecimento das consciências. Façam-no com serenidade, com respeito e com um grande amor à vida. E encorajamos as pessoas e instituições que já se dedicam generosamente às mães em dificuldade e às próprias crianças que conseguiram nascer.
Lisboa, 19 de Outubro de 2006
Os argumentos científicos
Albino Aroso explicou ainda o porquê das 10 semanas para a IVG. Começou por defender (e bem) que a vida humana é um processo contínuo, lembrou que a morte cerebral é o critério utilizado para determinar a morte de um ser humano, e referiu que às 5 semanas se forma o sistema nervoso humano. O argumento é este: se o fim da vida humana é determinado pela morte cerebral, deve ser o aparecimento do sistema nervoso a determinar o seu início. Daí as 10 semanas. Brilhante! As voltas que este homem deu!
Ora bem, se a vida humana é um processo contínuo, isso não significa que todas as medidas que impeçam a viabilidade do zigoto em qualquer momento entre o instante da fertilização e o parto constituem, em sentido estrito, procedimentos para induzir o aborto?
Para conhecimento, eis uma descrição científica importante sobre o começo da gravidez:
A new human being is conceived when a sperm fertilizes an egg. The sperm has 23 chromosomes and so does the egg. But the fertilized egg has 46, half from each parent, and is genetically unique. These 46 chromosomes, which are fixed at conception, establish the child's sex and are a blueprint for how it will develop, both during pregnancy and after birth.
Although the child begins developing immediately after conception, the most visible advances occur during the third to eighth weeks. In fact, key organs are already developing in the third week - a time when many women are just beginning to wonder if they are pregnant.
Blood vessels start to form very early, about 13-18 days after fertilization. Then, on about the 20th day - nearly the end of the third week - the foundation of the brain, the spinal cord, and the entire nervous system is established.
The eyes begin to develop early in the fourth week after conception. During this extremely critical week the esophagus, gallbladder, liver, lungs, pancreas, pharynx, stomach, and trachea also begin to form. And, toward the end of the week, the nose, tongue, and spleen also start to develop.
The heart begins to beat on about the 22nd day after conception, circulating blood throughout the child. The arms begin to form on about day 26, followed by the beginnings of the legs on day 28, the same day that the mouth opens for the first time. Also on the 28th day, building blocks are present for 40 pairs of muscles that will run from the base of the skull to the bottom of the spinal column.
The kidneys begin to develop early in the fifth week after conception. The jaws and ears are also forming during this week and the face starts to look human.
The intestines are defined at the end of the first month, and the larynx is developing on about the 32nd day, the same time that spinal nerves begin to sprout and the palate is forming.
The cerebral cortex, the part of the brain that controls the intellect and motor activity, begins to differentiate on the 33rd day after conception, the same day that the forearms and shoulders can be distinguished. The elbows are developing on the 34th day, as are both hand and foot plates.
The olfactory nerve, which is related to the sense of smell, is present in the brain on the 35th day after conception, the day when the ribs begin to form and lengthen.
Both the upper and lower lips are forming early in the sixth week after conception. Also during the sixth week the eye is obvious, reflecting the fact that retinal pigment is already present. The beginnings of the eyelids and the fingers are also forming during the sixth week, the testes become identifiable at this time and some salivary glands appear. By the sixth to seventh weeks after conception, the heart is contracting forty to eighty times each minute.
The aorta is developing on the 36th day after conception, and all the muscle blocks have appeared. The feet and the thighs become distinct on the 37th day. Finger rays are visible on the 38th day, when the nose is also formed. The urinary bladder is developing on the 39th day, and on the 40th day, the forehead, nostrils, diaphragm and teeth are beginning to appear.
Continuar a ler aqui.
Do ponto de vista científico, biológico, médico (seja lá o que fôr), nada justifica a sua aprovação. Só mesmo a vontade pessoal de alguém, e isso, como sabemos, é do mais subjectivo que há, o que coloca outra questão pertinente. É aceitável, do ponto de vista jurídico, existir uma lei fundamentada em critérios subjectivos? Este é um assunto para futuros postes.
Cientificamente, estamos conversados.
Pontos e pontos e pontos de cor
O pinheiro
Na sua pintura, os contornos que precisam a forma e sugerem o volume são banidos . A perspectiva não se baseia nas regras da geometria mas é realizada, do primeiro plano para a linha do horizonte, pela degradação das tintas e dos tons, que marca assim o espaço e o volume. Em Signac, cada tinta passa por uma série de tons, que vão do mais carregado ao mais claro, como por exemplo em Borda do rio; O Sena em Herblay, onde predominam diferentes azuis (além-mar, cobalto, da Prússia, cerúleo) e o violeta é conseguido através pequenos toques justapostos de vermelho e de azul.
quinta-feira, outubro 19, 2006
Ao que chegamos
Mais uma mentira do ministro
Pelo cano de esgoto
quarta-feira, outubro 18, 2006
Lendo os outros
É o famoso PRACE, que se propõe extinguir 26% das estruturas da Administração Central, que implica o desaparecimento de 133 serviços na nova orgânica ministerial, que implica a eliminação de cerca de um quarto dos cargos de direcção superior e promove o desaparecimento de mais de 40% da administração indirecta do Estado. Dos 100 institutos públicos visados, 44 vão-se.
Isto já era conhecido. O que este OE traz de novo é que tudo isto acontece ao longo de 2007. Significa muito mais do que um ministro determinado, apoiado por um primeiro--ministro com mau-feitio. Implica mudar as regras do jogo. Para que os gastos de funcionamento do Estado, 85% dos quais são encargos com pessoal, deixem de depender de temperamentos humanos.
Intoxicação da informação
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segunda-feira, outubro 16, 2006
Chamem a Ordem dos Médicos
Taxas de internamento na saúde
Alimentar ditaduras é que não
domingo, outubro 15, 2006
Os equívocos de Sócrates
Até aqui estamos de acordo. Todas as decisões políticas devem pautar-se por este critério. O problema começa quando o Senhor 1º ministro refere que "o primeiro objectivo da lei é não ameaçar com penas de prisão as mulheres que fazem um aborto até às dez semanas de gravidez".
Aqui temos de distinguir duas coisas. A interrupação da gravidez é uma experiência traumática que envolve sofrimento, muito sofrimento. Ninguém sai incólume de uma experiência destas. E mais que tudo, o que essas mulheres precisam é de bom apoio. Por isso, não faz sentido algum a existência de medidas punitivas. Mas cuidado, isso não justifica o reconhecimento jurídico da sua prática. Antes de definir a sua posição ética e política, teria o PM de esclarecer uma questão prévia, porquê às 10 semanas? Quais os critérios, científicos ou outros, que provam que um feto com 10 semanas é um ser humano, e com 9 não? E porque não às 16? Não seria mais sensato considerar o feto ser humano a partir do momento da sua concepção?
Afirma ainda o PM que "é preciso combater a chaga do aborto clandestino, permitindo às mulheres recorrer aos estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde." (...) "Queremos que a chaga do aborto clandestino deixe de ser a norma em Portugal, porque isso é próprio de um país atrasado."
É isto mesmo o que os defensores do sim pretendem verdadeiramente, o reconhecimento jurídico da prática do aborto. A José Sócrates basta a sua legalização, garantido pelo SNS. É mais clean. Infelizmente. Devia saber o 1º ministro que a verdadeira chaga, para qualquer país, atrasado ou não, é mesmo o aborto, legal ou não. O aborto, como outras práticas, poderá vir a ser legal em Portugal, nunca será legítimo. Pobre, demasiado pobre.
Bater a bota com a perdigota
Ai se a moda pega
sábado, outubro 14, 2006
Frouxa, frouxa, frouxa
No centenário do seu nascimento,
"It is indeed my opinion now that evil is never 'radical', that it is only extreme, and that it possesses neither depth nor any demonic dimension. It can overgrow and lay waste the whole world precisely because it spreads like a fungus on the surface. It is 'thought-defying', as I said, because thought tries to reach some depth, to go to roots, and the moment it concerns itself with evil, it is frustrated because there is nothing. That is its 'banality'. Only the good has depth and can be radical."
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Uma no cravo...
Num interessante artigo sobre a Lei da Mobilidade, com chamada à 1ª página, o Semanário Económico noticía que o Grupo parlamentar do PS propôs uma alteração à Lei que permita a um funcionário público colocado na bolsa de excedentes poder optar pela antecipação de reforma sem qualquer penalização, desde que reúna determinados requisitos de idade, tempo de serviço e de permanência na situação de mobilidade especial (SME).
Esta alteração, a ser aceite, introduz uma excepção que é má por duas razões:
sexta-feira, outubro 13, 2006
O repórter da história
Lucia, de 10 anos; Francisco, de 9, e Jacinta, de 7, que na charneca de Fátima, concelho de Vila Nova de Ourem, dizem ter falado com a Virgem Maria
OUREM, 13 de Outubro
Publ.: "O Século", Lisboa (edição da manhã) 37 (l2.876) 15 Out. 1917, p. 1, cols. 6-7; p. 2, col. 1.
699 anos depois
No dia 13 de Outubro de 1307, numa sexta-feira, a Ordem dos Templários foi declarada ilegal pelo rei, os seus membros foram presos simultaneamente em todo o país, alguns torturados e, mais tarde, executados, por heresia.
quinta-feira, outubro 12, 2006
A bem da verdade
quarta-feira, outubro 11, 2006
John Roderigo dos Passos (1986-1970)
Norman Mailer considerava a sua trilogia USA como que a representação da ideia da grande novela americana. Composta pelas obras 42nd Parallel, 1919 e The Big Money, USA retrata duas Américas, a dos ricos e priviligiados e dos pobres e despojados.
John dos Passos foi um escritor empenhado civica e politicamente, sempre ancorado aos factos, à observação sociológica, longe das mistificações entre literatura e ideologia que caracterizaram alguma da narrativa americana dos anos 20 e 30. Talvez por isto, e pelo seu espírito de libertário, dos Passos tenha sido confundido como esquerdista. Não espanta pois que, a partir da década de 50, muitos dos seus admiradores se tenham surpreendido por manifestar apoio a figuras como Joseph MacCarthy, Barry Goldwater e Richard Nixon.
Como luso-descendente, dos Passos escreveu também uma História de Portugal (The Portugal Story. Three Centuries of Exploration and Discovery).
Para aguçar o apetite, aqui fica um excerto (via The New Yorker) da obra de George Packer, The Spanish Prisioner, sobre as experiências de Ernest Hemingway e John dos Passos na Guerra Cívil de Espanha.
Não desistes, pá?
O insubstituível
Estilista absolutamente indiscutível, músico sem comparação, possuidor de uma orginalidade absoluta, Ben Webster afirmava que nunca ninguém tentou imitar Hodges, pela simples razão de que não é possível imitar o inimitável.
- On the Sunny Side of the Street - (Duke Ellington (p.); Rufus Speedy Jones (bt.), Victor Gaskin (ctb.), Rolf Ericson (tr.) Quintin Jackson (trb.) Paul Gonsalves (Tenor sx.); Harry Carney (brt.); Johnny Hodges (Alto sx.). A personalidade de Hodges é bem patente nesta peça, sinuoso, suave, lírico nos movimentos amplos e nas atmosferas difusas que Duke cria magistralmente.
- C Jam Blues - (Mesma formação). Introdução de Duke e solos de Rolf Ericson, Harry Carney, Paul Gonsalves e Quintin Jackson. Por fim Hodges, breve mas incisivo, premente, obstinado como deve ser um swinger autêntico nos ritmos animados em que o groove é mais intenso.
terça-feira, outubro 10, 2006
Esta é demais
Demasiada coincidência
Contra a interrupção voluntária da lucidez
Como se pode afirmar que não há controlo nem registo do número de abortos e logo a seguir dizer que os números que existem não retratam a realidade?
Como se pode afirmar que o recurso ao aborto como método contraceptivo pouco conta para a taxa de natalidade, porque se trata de gravidezes que não existiriam de qualquer modo?
A vida das pessoas a elas pertence. Não está nas nossas mãos controlar os dramas que levam as pessoas, por razões económicas, psicológicas, por ignorância, seja o que for, a decidir pela interrupção da gravidez. Mas está nas nossas mãos não desistir de evitar.
A lição deste artigo é que não interessa a esta gente discutir seriamente os motivos que levam ao aborto, interessa somente garantir as condições como é feito. Pobre, demasiado pobre.
sexta-feira, outubro 06, 2006
Paisagens e impressões
Não se sentindo atraído pelos aspectos da vida urbana como Renoir, nem pelos impulsos ideológicos que informam muito do trabalho de Pissarro, toda a obra de Sisley denota a satisfação com que descreve as actividades tradicionais do campo e dos espaços rurais enquanto integrados na paisagem.
(A ponte de Moret)
De Corot ficou-lhe o interesse apaixonado pelo céu, que domina quase sempre as suas pinturas, e também pelos efeitos de neve. Em Neve em Louveciennes, Sisley combina estes dois efeitos, criando um estranho efeito dramático.
(Neve em Louveciennes)
Os quadros revelam uma grande capacidade do pintor para ampliar a sua percepção como impressionista. Basta um detalhe, um toque, um instante, suficientes para captar uma cena, fixar um lugar comum - uma inundação, um passeio na neve, uma onda quebrando sobre as rochas -, ou barcos navegando, como em Os bancos do Sena. O impressionismo é mais um estado da mente do que uma técnica.
terça-feira, outubro 03, 2006
Querer que aconteça
que estas cansado de andar y de andar
y caminar, girando siempre en un lugar
Se que las ventanas se pueden abrir
cambiar el aire depende de ti
te ayudar, vale la pena una vez mas
Saber que se puede, querer que se pueda
Quitarse los miedos, sacarlos afuera
pintarse la cara color esperanza
tentar al futuro con el corazon
Es mejor perderse que nunca embarcar
mejor tentarse a dejar de intentar
aunque ya ves que no es tan facil empezar
Se que lo imposible se puede lograr
que la tristeza algun dia se ir
y asi ser, la vida cambia y cambiara
Sentirs que el alma vuela
por cantar una vez mas
Saber que se puede querer que se pueda
quitarse los miedos, sacarlos afuera
pintarse la cara color esperanza
tentar al futuro con el corazon
Saber que se puede querer que se pueda
quitarse los miedos, sacarlos afuera
pintarse la cara color esperanza
tentar al futuro con el corazon
Vale mas poder brillar que solo buscar ver el sol
Pintarse la cara color esperanza
tentar al futuro con el corazon
Saber que se puede...Querer que se pueda...
Pintarse la cara color esperanza
tentar al futuro con el corazon
Saber que se puede querer que se pueda
quitarse los miedos, sacarlos afuera
pintarse la cara color esperanza
tentar al futuro con el corazon
Saber que se puede (saber que se puede, que puedes intentar)
Querer que se pueda (querer que se pueda)
Pintarse la cara color esperanza
Tentar al futuro con el corazon...